Reitor foge de acadêmicos, servidores e professores em greve na UFMS

Manifestantes em greve contra o corte de verbas da educação e contra perseguições que vêm recebendo da Reitoria – Assessoria

O reitor da UFMS, Marcelo Augusto Santos Turine, fugiu, correndo de uma reunião que fazia hoje pela manhã na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, situado no campus da universidade em Campo Grande. Tudo indica que ele queria se livrar de críticas e de dar satisfação a quase duas centenas de manifestantes (servidores, acadêmicos e professores), em greve contra o corte de verbas da educação e contra também perseguições que vêm recebendo da Reitoria, e que se dirigiam ao local onde tinham informação de que ele estava.

A informação é da coordenação geral do SISTA-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFMS). Turine estava dando prosseguimento ao projeto de “Reitoria Itinerante” e, segundo o sindicato, estava defendendo naquela faculdade, o programa Future-se, do Governo Federal, e que tem recebido inúmeras críticas, inclusive dentro da própria administração da universidade, porque se trata de um programa prejudicial à universidade.

“O Future-se é um famigerado programa que visa tão somente a privatização das universidades públicas brasileiras”, criticou Cléo Gomes, coordenadora geral do SISTA-MS.

De acordo com a entidade, desde as primeiras horas da manhã, centenas de estudantes, professores e servidores da UFMS já estavam concentrados em frente à Biblioteca Pública da universidade, com faixas, cartazes e carros de som onde as lideranças sindicais e servidores, professores e acadêmicos podiam se manifestar contra o caos que se instala nas universidades. Por volta das 10 horas eles resolveram ir para a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnica, que fica na Rua Filinto Muller, depois do Lago do Amor, onde tinham informações de que o reitor Marcelo Turine estava. No instante que os manifestantes estavam chegando, o reitor teria sido avisado e saiu correndo do local até seu veículo e para se livrar dos manifestantes, chegou a entrar numa via que estava interditada por conta de obras no asfalto, e acabou “atropelando” cones que impediam a passagem.

O SISTA-MS está muito preocupado com a possível instalação do programa Future-se nas universidades, que seriam obrigadas a buscar recursos junto à iniciativa privada e sem contar mais com investimentos financeiros do Governo Federal.

O coordenador geral do sindicato, Waldevino Basílio esteve ontem em Corumbá, onde se reuniu com lideranças da educação, professores e acadêmicos, para falar dessa ameaça nesses novos tempos, de tempestades, para o ensino público superior no Brasil. “O quando futuro que se apresenta é muito crítico e precisamos que todos tomem conhecimento disso para poder lutar contra. As famílias, ou seja, a comunidade em geral, também precisa entrar nessa luta para defender o ensino público gratuito para seus filhos”, argumentou Basílio.

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