Reforma de presídio traz economia de R$ 1 milhão aos cofres públicos

Mão de obra de detentos torna obra mais barata e auxilia na ressocialização

Obra realizada pelos internos na PMA em Coxim – Divulgação

Um milhão e 380 mil reais, essa foi a quantia economizada pelos cofres públicos na realização da obra de construção do espaço anexo ao estabelecimento penal masculino da cidade de Coxim, no Mato Grosso do Sul. A economia só foi possível graças a mais um projeto que tem como intuito a utilização da mão de obra dos próprios internos, auxiliando assim na ressocialização e retorno como serviços à sociedade.

Segundo a magistrada e titular da vara de Coxim, a juíza Tatiana Said, esse tipo de projeto traz dignidade além de auxiliar na remição da pena. “Eles querem trabalhar e ficam aguardando uma oportunidade. Infelizmente o número de vagas de trabalho é muito aquém do número de reeducandos”, enfatiza.

No total foram construídas onze novas celas de convívio e duas celas disciplinares, além de área coberta para instalação de oficinas de trabalho, reformas de salas de aulas dos internos e adequação do espaço odontológico.

“A obra contou com a participação de 20 internos, todos do regime fechado, sem remuneração, mas com remição de pena. São ao todo 540 metros quadrados de obra”, explica a magistrada.

Outras obras com a utilização de mão de obra dos internos serão realizadas na cidade, como a construção do IML, do canil da Polícia Militar, local para recuperação e guarda de animais silvestres apreendidos, reforma de delegacias e da principal creche do município.

“Com a criação do convênio junto a Prefeitura Municipal, muitas outras obras podem ser realizadas, capacitando os internos para o trabalho em seu retorno para a sociedade. Sendo hoje já de conhecimento e reconhecimento, a qualidade dos trabalhos dos internos”, ressalta o diretor do Estabelecimento Penal Masculino de Coxim, Edilson Ferreira.

Para a Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul, a Amamsul, esse tipo de ação é fundamental para que o papel dos juízes seja também de auxílio e promoção de novas possibilidades para quem busca essa ressocialização.

“Esse também é um papel da magistratura, promover projetos que devolvam de alguma forma à sociedade os prejuízos causados por essas pessoas, e de certa forma, auxiliar também que essas pessoas possam retornar as suas vidas com alguma dignidade e possibilidade para retomarem a vida”, afirma o presidente da entidade, Giuliano Máximo Martins.

A realização do projeto contou com o apoio do Conselho de Segurança de Coxim e dos promotores que atuaram e atuam na vara criminal do Município respectivamente, Rodrigo Cintra Franco e Victor Leonardo Taveira de Miranda.

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