Reação do mercado: Bovespa sobe mais de 4% após maior tombo desde 1998

Petrobras sobe mais de 15%

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em forte alta nesta terça-feira (10), enquanto lá fora os mercados acionários se recuperam, em meio a expectativas de ações coordenadas de governos e bancos centrais de todo o mundo para ajudar as economias em meio ao surto do novo coronavírus.

Às 10h37, o Ibovespa tinha alta de 4,45%, a 89.898 pontos. Mais cedo, a alta chegou a superar 5%.

Depois de recuar quase 30% na véspera, e ver seu valor de mercado ‘encolher’ US$ 91 bilhões, a Petrobras era destaque de alta, subindo 16,73% no caso das ações preferenciais, e 13,21% nas ordinárias. Já os papeis da Vale subiam 9,73%.

Na segunda-feira, a bolsa desabou 12,17%, na maior queda em mais de 20 anos. O dia foi marcado por uma tensão generalizada nos mercados globais após o tombo preços do petróleo adicionar mais um componente de turbulência, elevando os temores de uma recessão global.

Com a queda, a bolsa de valores apagou os ganhos de 2019 e voltou ao patamar de 27 de dezembro de 2018, quando marcou 85.460 pontos. No ano, o Ibovespa acumula queda de 25,58%.

Expectativas de recuperação

O presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus, enquanto o governo do Japão planeja gastar mais de US$ 4 bilhões em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.

Nesta terça-feira, a possibilidade de estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Opep seguem possíveis apoiavam a reação dos preços do petróleo no exterior, com o Brent em alta de mais de 10%, depois de registrar a maior queda em quase 30 anos na segunda-feira.

“Após uma ‘segunda-feira negra’, os ativos de risco estão abrindo em forte alta essa manhã. A possibilidade de uma atuação dos ‘policymakers’ para lidar com a crise, aliado a preços e ‘valuations’ mais atrativos está sustentando o mercado”, afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, mais cedo em uma rede social, segundo a Reuters.

“Eu vinha com uma visão e um viés muito mais cauteloso e negativo nas últimas semanas. Neste momento, ainda vejo um cenário extremamente frágil e incerto. Ainda espero volatilidade, mas acredito que parte relevante desta incerteza tenha sido precificada nos ativos de risco.”

Do G1

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