“Quando à classe política era uma grande personalidade…!”

  • Por Waldemar Gonçalves – Russo 

Quando leio nos sites e jornais impressos, assisto nas redes de televisões ou ouço em emissoras de rádios estas mazelas que a classe política está fazendo com o meu País, sinto nojo e me irrito porque nada posso fazer para mudar esta triste história que somente coloca em insegurança o povo ordeiro que é o brasileiro.

É bem verdade que infelizmente estes calhordas estão no poder graças aos votos recebidos do povo e os mesmos, salvo algumas exceções, em sua maioria não retribuem com uma representatividade honesta, sem propina para melhorar a saúde, a educação, o esporte, a assistência social, enfim, entre outras benfeitorias para que nós cidadãos possamos ter uma vida digna, com um salário justo e com o mínimo de sofrimento para mantermos nossas famílias.

Hoje a classe desgastada do político brasileiro, que em sua maioria como já disse, é vista tanto no nosso País como no mundo inteiro, como corruptas, malandros, ladrões, usurpadores do dinheiro público, enfim com um universo de pejorativos quanto a sua integridade e honestidade que matam o sonho do nosso povo, tanto é que esta operação Lava Jato que está sendo conduzida por uma força tarefa formada por delegados, escrivães, peritos criminais e agentes da PF (Polícia Federal), pelos representantes do MPF (Ministério Público Federal) e claro, Sérgio Moro mostram que os “caras das gravatas” de Brasília, leiam-se Câmara Federal e Senado, e em muitos casos, de Assembleias Legislativas, prefeituras e câmaras municipais não falam em milhão de reais ganhados em propinas, mas sim em milhões, sem se importar que o “povão” está aí sofrendo com cargas de impostos altíssimos, com altas de combustíveis, contas de energia elétrica e água caríssimas  que tem que serem saldados com salários mínimos ou irrisórios, assim como muitos morrendo em filas de hospitais e crianças e adolescentes sem salas de aulas entre outros benefícios.

Praça Antônio João

Deixando esta revolta com a classe política de lado, pois eles não têm vergonha mesmo e com certeza as maiorias destes calhordas sabem que não irão mesmo mofar na cadeia e tão pouco devolver a metade do que roubou dos cofres públicos, da saúde e da educação entre outras pastas, isso me faz lembrar-se de quando ela era personalidade pública quando chegava a uma cidade ou em sua base eleitoral.

Quando criança aos nove anos lembra-me em 1.968 se não me engano, eu estudava em Dourados na escola Antônio João ou a mais conhecida escola que funcionava na rua Cuiabá, nos fundos da Loja Maçônica -(hoje a escola não existe mais)- em três salas feitas de madeiras, a diretora (não lembro o nome dela) nos avisou que naquela manhã não iriamos estudar, mas sim recepcionar honrosamente na Marcelino Pires, em frente à praça central, o governador do então Mato Grosso, José Pedro Gonçalves Taques, o senador da República, não me lembro se era Fernando Correia da Costa ou João Ponce de Arruda e o então deputado federal Weimar Gonçalves Torres, que morreu tragicamente em uma viagem para Dourados no dia 14 de setembro de 1969, quando o avião na qual estava, caiu próximo à cidade de Londrina, no Norte do Paraná e assim foi feito e lá fomo-nos para a avenida receber os nossos ilustres políticos nossos representantes tanto na capital, Cuiabá, como na hoje combalida e desmoralizada e estuprada Brasília pela maioria dos nossos atuais políticos brasileiros.

A história aqui retratada, lá fomos nós capitaneados pela diretora da Escola Antônio João e pelas professoras Rosa e Laíde se juntar as outras escolas e com todos em mãos com uma bandeirinha do Brasil de papel colada a varinhas de bambu para recepcionar como se fossem artistas famosos, os nossos políticos que estavam chegando em nossa cidade.

Com nós já na avenida, após eles descerem do avião no aeroporto que era na época na Cabeceira Alegre, os mesmos subiram na carroceria de uma caminhonete e rumaram para a Marcelino Pires, e no trajeto que beleza, quando passavam eram recebidos por todas as escolas, com os alunos, diretores e professores acenando e dando boas vindas para eles, que alegria em ver aqueles personagens públicos e verdadeiros representantes do povo mato-grossense, do povo brasileiro.

Finalizando, se naquela época foram assim tratados nossos visitantes como grandes personagens, hoje não seria, pois como estão vendo nos últimos anos graças a Força Tarefa da Lava Jato, que lamentavelmente a classe política brasileira está aniquilada, com parte dos políticos em sua maioria, podres, corrompidos, verdadeiros quadrilheiros, ladrões, que não roubaram -ou ainda roubam- somente os nossos dinheiros, mas sim, principalmente os sonhos do povo brasileiro. Depois dessa, parei e fui, mas volto, não sei quando meu povo, mas volto !!!

  • Waldemar Gonçalves, o “Russo”, é jornalista com atuações em jornais impressos e sites de notícias, TV, rádios AMs e FMs, e é filiado ao SINJORGRAN (Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados)

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