Produção industrial sul-mato-grossense cresce pelo segundo mês consecutivo

A produção das indústrias sul-mato-grossense avançou no mês de agosto deste ano com o índice de evolução da produção industrial marcando 57,5 pontos, uma elevação de 7 pontos em relação a julho, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto às empresas estaduais. O resultado mostra que, pela segunda vez seguida, o número de empresas com produção estável ou crescente aumentou na passagem de um mês para o outro.

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, destaca que o levantamento indica que em agosto 88,5% dos estabelecimentos se enquadravam nessa condição, contra 77,3% no mês anterior e capacidade ociosa volta a diminuir. “Para 30,7% dos respondentes, a utilização da capacidade instalada esteve abaixo do usual para o mês de agosto, porém, em julho, esse número era de 40%”, analisou.

Ele acrescenta que essa melhora se refletiu do índice de avaliação do uso da capacidade instalada, com o resultado alcançando 47,3 pontos contra 44,2 no mês anterior. “A ociosidade média da capacidade instalada em agosto ficou em 27%, contra 31% no mês de julho”, analisou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Detalhamento

Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende explica que, em setembro, 35,9% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto para o mesmo período 9% preveem queda. “Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 51,3% do total, enquanto 3,8% não apresentaram resposta”, informou.

Ainda em setembro, 16,7% das empresas responderam que esperam aumentar o número de empregados nos próximos seis meses, enquanto 9% apontaram que esse número deve cair, sendo que 71,8% das empresas esperam manter o quadro de funcionários estável e 2,6% não apresentaram resposta. A respeito das exportações 11,6% das empresas respondentes disseram esperar aumento nas vendas externas dos seus produtos nos próximos seis meses, enquanto 1,3% acreditam que deva ocorrer queda, 14,1% preveem estabilidade para suas exportações, sendo que 65,4% disseram que não exportam e 7,7% não apresentaram resposta.

Sobre o índice de intenção de investimentos da indústria, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems informa que está estável. “O índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou praticamente estável na passagem de agosto para setembro, com o indicador marcando 54,1 pontos. Até agora, em 2017, o resultado médio acumulado é 11,4 pontos maior que o de 2016. O índice varia de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, declarou.

ICEI

Em setembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou 60,2 pontos, indicando elevação de 1,4 pontos sobre agosto. “Todos os componentes do indicador de expectativas permanecem acima da linha divisória dos 50 pontos, sinalizando que para os próximos seis meses devem ocorrer melhoras na economia brasileira, sul-mato-grossense e, principalmente, no desempenho da própria empresa. É importante destacar que as condições atuais da empresa vêm melhorando sistematicamente, sendo, inclusive, a variável de maior crescimento no último mês com aumento de 3,6 pontos”, reforçou Ezequiel Resende.

Em setembro, 23% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 19,2% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 15,3% dos empresários. Além disso, para 48,7% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 52,6% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 44,5%.

“Para 20,5% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram. Já em relação à economia estadual esse percentual também chegou a 20,5% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 32,1%. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das atuais condições da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam, igualmente, por 7,7% em cada um dos casos”, analisou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Ainda em setembro, 10,2% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira e, em relação à economia estadual, o resultado alcançou 9%. Quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 3,9% dos empresários e os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 43,6%, sendo que em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 47,4% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 33,3%.

Por fim, 39,8% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar, enquanto em relação à economia estadual, esse percentual chegou a 35,9% e, no caso da própria empresa, 53,8% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 6,4%, 7,7% e 9%, respectivamente”, finalizou.

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