Produção industrial segue estável na maior parte das empresas do Estado

O número de estabelecimentos industriais de Mato Grosso do Sul com aumento na produção cresceu, porém, a atividade segue estável na maior parte das empresas, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 67 empresas no período de 1º a 12 de novembro. Em outubro, 56,7% das empresas industriais sul-mato-grossenses apresentaram estabilidade na produção, no mês anterior esse resultado era de 59,2%, enquanto as empresas que apresentaram crescimento responderam por 23,9% do total, contra 15,5% no último levantamento.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, esses dados indicam, deste modo, uma melhora no ritmo da atividade industrial na passagem entre os meses de setembro e outubro. “Esse desempenho se refletiu no índice de avaliação da produção que fechou o mês em 54,1 pontos, apontando que, na média geral, a produção industrial sul-mato-grossense aumentou na comparação com o mês anterior”, declarou.

A respeito do nível de ociosidade da indústria, ele explica que segue em patamar elevado, correspondendo, em outubro, a 27% contra 28% no mês anterior. “Já o índice de utilização da capacidade instalada fechou o mês em 47,1 pontos, ficando 1,5 ponto acima do último levantamento. Porém, resultados abaixo dos 50 pontos indicam que o desempenho foi inferior ao que era esperado para o período. Por fim, a sondagem mostrou que, em outubro, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 29,8% dos respondentes, igual ao usual para 47,8% e acima para 16,4%. Não responderam 6%”, detalhou o economista.

Perspectivas

Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em novembro, 41,8% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses. Por outro lado, para o mesmo período, 11,9% preveem queda, enquanto as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 46,3% do total.

Ainda em novembro, 17,9% das empresas responderam que esperam aumentar o número de empregados nos próximos seis meses, enquanto 10,4% apontaram que esse número deve cair e 71,6% responderam que manter o quadro de funcionários estável. Já sobre as exportações 4,5% das empresas esperam aumento, enquanto o mesmo percentual foi observado em relação aos que acreditam que deva ocorrer queda, 13,4% preveem estabilidade e 77,6% das empresas disseram que não exportam.

Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em novembro, o índice ficou em 58,2 pontos contra 56,5 pontos no mês anterior. O resultado foi influenciado, em boa medida, pelo crescimento na participação das empresas que disseram que certamente farão investimentos nos próximos seis meses, que aumentou de 8,5% para 10,4% do total. “Vale destacar também o crescimento ocorrido na participação das empresas que provavelmente realizarão investimentos nesse período, que saiu de 49,3% para 50,7%”, disse o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

ICEI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em novembro 64,3 pontos contra 62,3 pontos no mês anterior, indicando aumento de 2 pontos. “Esse crescimento foi influenciado, em grande parte, pela percepção de melhora nas condições atuais da economia brasileira, sul-mato-grossense e no desempenho da própria empresa. O atual resultado encontra-se 8,5 pontos acima da média histórica registrada para o mês”, analisou.

O economista ressalta que, em novembro, 3% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 7,5% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 6% dos respondentes. Além disso, para 53,7% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 59,7% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 53,7%.

Por fim, para 37,3% dos empresários, as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 26,9% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 34,3%. “Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 6%”, pontuou Ezequiel Resende.

Expectativas

Com relação às expectativas para os próximos seis meses, em novembro, 3% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira, enquanto em relação à economia estadual e ao desempenho da própria empresa o pessimismo foi apontado por 4,5% dos empresários, respectivamente. “Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 29,9%, sendo que em relação à economia do estado esse percentual alcançou 28,4% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 23,9%”, informou.

Além disso, 62,7% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar, enquanto em relação à economia estadual o resultado também ficou em 62,7% e, no caso da própria empresa, 67,2% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 4,5%”, finalizou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

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