
A produção industrial brasileira registrou queda de 0,2% em outubro, interrompendo a sequência de dois meses consecutivos de alta, que havia acumulado um ganho de 1,2% no período. Apesar do recuo, em relação ao mesmo mês de 2023, a produção industrial avançou 5,8%, marcando o quinto mês seguido de crescimento. O desempenho anual também foi positivo, com altas de 3,4% no acumulado do ano e 3,0% nos últimos 12 meses.
Mesmo com o resultado de outubro, a indústria nacional segue 2,6% acima do patamar pré-pandemia, alcançado em fevereiro de 2020, mas permanece 14,4% abaixo do nível recorde registrado em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Brasil), divulgada nesta quarta-feira (4) pelo IBGE, que destacou a influência de setores específicos no desempenho do período.
Entre os segmentos que puxaram a queda em outubro, destacam-se coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com destaque para a redução na produção de álcool. O setor apresentou retração de 2% após ter crescido 4,7% em setembro. Outros ramos que contribuíram negativamente foram bebidas (-1,1%) e indústrias extrativas (-0,2%), devido à menor produção de itens como álcool, gasolina automotiva e bebidas.
Apesar da queda em outubro, 19 das 25 atividades industriais pesquisadas registraram alta, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceram 7,1%, intensificando o aumento de 2,8% registrado em setembro. Outros setores com influência positiva incluem confecção de vestuário (14,1%), produtos químicos (2,8%), máquinas e materiais elétricos (5,4%) e celulose e papel (3,4%). O IBGE ressaltou a disseminação das altas, com crescimento em todas as grandes categorias econômicas, consolidando o movimento de recuperação industrial ao longo do ano.