Pressionado, Tite completa três anos à frente da Seleção Brasileira

Pressionado. É assim que Tite completa nesta quinta-feira três anos no cargo de técnico da Seleção Brasileira. No dia 20 de junho de 2016, o sucessor de Dunga foi anunciado com a missão de resgatar o bom futebol do time canarinho e fazê-lo reconquistar o mundo.

Os primeiros jogos do gaúcho de Caxias do Sul deram a impressão de que o primeiro objetivo estava sendo alcançado. Após assumir a equipe na sexta colocação das Eliminatórias para a Copa, o treinador logrou uma arrancada de novas vitórias consecutivas que levaram a Seleção à liderança e ao Mundial.

Em 2018, Tite chegou na Rússia com apenas uma derrota à frente do Brasil: 1 x 0 para a Argentina, em um amistoso na Austrália. Nada que abalasse a campanha inquestionável no ciclo para a primeira Copa do Mundo do comandante.

O apoio e o moral transformaram o treinador em uma figura quase unânime no cenário nacional, chegando ao ponto de Tite ouvir pedidos para assumir a presidência da República, algo que ele não cogitou nem de brincadeira.

Mas as primeiras críticas não demoraram a acontecer. O futebol apresentado pela Seleção na primeira fase da Copa gerou as primeiras preocupações acerca do trabalho de Tite. A equipe terminou como líder do Grupo E, com sete pontos, mas não passou de um empate com a Suíça e ganhou de Costa Rica e Sérvia sem encantar.

Após passar não sem dificuldades pelo México, o Brasil se deparou com a Bélgica nas quartas de final. Em seu teste mais complicado até então, Tite viu a Seleção perder por 2 a 1 e o sonho do título mundial ruir momentaneamente, sofrendo sua mais dura derrota como técnico.

Mesmo sem perder desde então, o Brasil não conseguiu convencer nos amistosos preparatórios nem nos dois primeiros jogos válidos pela Copa América. Para piorar, Tite ouviu seu time ser vaiado por boa parte da torcida na vitória sobre a Bolívia, em São Paulo, e no empate com a Venezuela, em Salvador.

Além disso, teve suas decisões mais recentes questionadas por grande parte da torcida, como a convocação de Willian para a vaga de Neymar, a insistência em Fernandinho no grupo verde e amarelo, e as substituições feitas durante os jogos.

Embora tenha sido garantido no cargo pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, até o Mundial de 2022, no Catar, o técnico de 58 anos sabe que o título da Copa América é fundamental para ter paz na sequência de seu trabalho. Uma eliminação ou derrota na final, sem apresentar evolução dentro de campo, pode aumentar a pressão da torcida e tornar o ambiente insustentável na Seleção.

Em três anos, Tite contabiliza um total de 38 jogos à frente da Seleção Brasileira, com 30 vitórias, seis empates e duas derrotas – aproveitamento de 84% dos pontos disputados.

Na liderança do Grupo A da Copa América, com quatro pontos, o Brasil tenta se garantir nas quartas de final do torneio em duelo com o Peru, neste sábado, às 16 horas (de Brasília), na Arena Corinthians.

Da Gazeta Esportiva

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