O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o embaixador André Corrêa do Lago, fez um alerta contundente sobre os riscos do negacionismo climático em uma carta aberta divulgada nesta segunda-feira (10). Segundo o diplomata, a humanidade precisa combater não apenas a crise ambiental, mas também o ceticismo e a inércia diante da emergência climática.

Na mensagem, Corrêa do Lago afirma que a COP30 deve representar um marco de esperança e ação. “Ao aceitar a realidade e combater a catástrofe, o cinismo e o negacionismo, a COP30 deve ser o momento da esperança e das possibilidades por meio da ação, jamais da paralisia e da fragmentação”, escreveu o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

A declaração foi interpretada por analistas como uma crítica indireta ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conhecido por sua postura contrária ao Acordo de Paris e por minimizar os efeitos do aquecimento global. Corrêa do Lago, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para liderar a conferência, reforçou a necessidade de união e compromisso internacional.

O diplomata também destacou que a mudança climática é inevitável, podendo ocorrer por escolha consciente ou por imposição de desastres. “Se o aquecimento global não for controlado, a mudança nos será imposta, desestruturando nossas sociedades, economias e famílias”, alertou, evidenciando a urgência de medidas efetivas para mitigar os impactos da crise.

Por fim, a carta ressalta a importância de avanços concretos nas negociações, que há mais de 30 anos enfrentam obstáculos. Corrêa do Lago classificou a COP30, marcada para novembro em Belém (PA), como uma oportunidade decisiva para reverter o cenário e impulsionar uma virada na agenda climática global. (Com AnsaFlash)

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