Prefeitura de Caarapó notifica proprietários de terrenos baldios sujos

Equipe do Departamento de Controle de Vetores de Caarapó – Foto: Divulgação

O Departamento Municipal de Vigilância Sanitária de Caarapó, em ação conjunta com o Departamento de Controle de Vetores, ambos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde, estão realizando uma rigorosa fiscalização de terrenos baldios na sede do município. O objetivo é eliminar eventuais focos de mosquitos transmissores de doenças, a exemplo do Aedes aegypti, e evitar a ocorrência de acidentes com animais peçonhentos, como cobras e escorpiões.

Ivo Benites, do Departamento de Controle de Vetores, informa que, nos últimos dias, mais de cem proprietários de terrenos baldios sujos foram notificados. “A exigência é que os donos desses terrenos os mantenham limpos. Ultimamente, temos visto pelas redes sociais a existência de cobras nesses lotes, sendo que os seus proprietários é que são responsáveis pela limpeza. Diante da falta de cuidado pelos donos, a prefeitura notifica e pode aplicar multas, que variam de 800 a cinco mil reais, conforme a legislação”, registra o servidor.

Benites alerta para os riscos em caso de acidentes com animais peçonhentos. No caso de picadas de cobras, segundo indica o Ministério da Saúde, tem-se o acidente ofídico ou ofidismo, que é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de uma peçonha através do aparelho inoculador (presas) de serpentes. No Brasil, as serpentes peçonhentas de interesse em saúde pública pertencem às Famílias Viperidae e Elapidae. Os acidentes estão divididos em quatro tipos: acidentes botrópicos (acidentes com serpentes dos gêneros Bothrops e Bothrocophias – jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, comboia); acidentes crotálicos (acidentes com serpentes do gênero Crotalus – cascavel); acidentes laquéticos (acidentes com serpentes do gênero Lachesis – surucucu-pico-de-jaca); acidente elapídico (acidentes com serpentes dos gêneros Micrurus e Leptomicrurus – coral-verdadeira).

Já em relação aos escorpiões, tem-se o acidente escorpiônico ou escorpionismo é o envenenamento provocado quando um escorpião injeta veneno através de ferrão (télson). Os escorpiões são representantes da classe dos aracnídeos, predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo, com maior incidência nos meses em que ocorre aumento de temperatura e umidade.

No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública são as seguintes espécies do gênero Tityus: Escorpião-amarelo (T. serrulatus) – com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano; Escorpião-marrom (T. bahiensis) –  encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil; Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – espécie mais comum do Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina; Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – encontrado na região Norte e Mato Grosso.

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