Prefeitura auxilia atendimento do Ônibus Lilás, no enfrentamento à violência contra a mulher

Ônibus Lilás é equipado para registro de boletim de ocorrência policial e demais procedimentos, como a orientação e encaminhamentos aos demais serviços da rede - Foto: Luiz Radai/Assecom
Ônibus Lilás é equipado para registro de boletim de ocorrência policial e demais procedimentos, como a orientação e encaminhamentos aos demais serviços da rede – Foto: Luiz Radai/Assecom

Como parte da rede de atendimento às mulheres, a CPPM, junto à equipe da Delegacia de Atendimento à Mulher, liderada pela delegada Paula Ribeiro dos Santos Oruê, prestou serviço itinerante na Aldeia Jaguapiru

A Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM), da Prefeitura de Dourados, participou nesta terça-feira (4) do início dos atendimentos do Ônibus Lilás, dentro das atividades do programa ‘O Protagonismo da Mulher Indígena no Enfrentamento à Violência Doméstica’, implantado em Dourados e que contemplará a Reserva Indígena em um primeiro momento.

Como parte da rede de atendimento às mulheres, a CPPM, junto à equipe da Delegacia de Atendimento à Mulher, liderada pela delegada Paula Ribeiro dos Santos Oruê, prestou serviço itinerante na Aldeia Jaguapiru, em frente à escola Tengatui Marangatu.

Segundo Regina Célia de Souza, integrante da CPPM, a atuação da Prefeitura de Dourados por meio da Coordenadoria, visa acolher as mulheres em situação de violência com o atendimento psicológico e demais encaminhamentos. “Todo o trabalho de acolhimento depois que a mulher faz a denúncia é importante, para que ela possa vencer os desafios”, disse.

A presidente do Conselho Feminino da Aldeia Jaguapiru, Nilza Meirelles, falou das dificuldades das mulheres na aldeia em denunciar casos de violência passa por vários fatores, entre eles, o medo de não terem como se manter após a denúncia. “A realidade da violência é dura. A dificuldade em falar, por medo, e muitas vezes por não ter como se manter, já que na maioria das vezes o sustento vem do agressor, deve gerar certa resistência”, disse.

Nilza comemorou a presença do atendimento na aldeia e se mostrou otimista com os resultados que devem surgir. “Não serão as dificuldades o que vai parar este movimento que começa hoje para buscarmos os direitos das mulheres”, disse, informando que de cada 10 mulheres na aldeia, sete sofrem violência doméstica.

Equipado para registro de boletim de ocorrência policial e demais procedimentos, como a orientação e encaminhamentos aos demais serviços da rede de enfrentamento à Violência contra a Mulher, o ônibus é a ferramenta que leva a delegacia até a comunidade.

Segundo a delegada Paula Oruê, o ônibus ficará em Dourados para atendimento disponibilizando toda a estrutura de uma delegacia às visitas nas aldeias e distritos. “Muita gente não comparece á delegacia por conta das distâncias, da falta de informação. Quando chegamos mais perto, a efetividade dos serviços e registros policiais aumenta”, disse a delegada.

A delegada ressalta a participação da equipe da Prefeitura de Dourados para consolidar o trabalho em rede que o enfrentamento à violência contra a mulher precisa ter. “A polícia tem o papel de registro, de enfrentamento aos crimes, mas a vítima destes crimes precisa de um atendimento psicológico e assistencial que a CPPM exerce, junto com outros órgãos interligados”, explicou.

O ônibus será mantido na Jaguapiru pelos próximos dois meses, quando deve atender o público na aldeia Bororó, e depois alguns distritos. A Prefeitura apoia o movimento.

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