PF deflagra operação contra grilagem e fraudes em regularização de terras da União no Pantanal

Segunda fase da Operação Prometeu investiga esquema de regularização fraudulenta de áreas da União no Pantanal – Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (7) a segunda fase da Operação Prometeu, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida na ocupação e exploração ilegal de terras da União no Pantanal. As investigações apontam o uso de servidores públicos para promover a regularização fraudulenta dessas áreas.

Na primeira fase da operação, a PF apurou crimes de incêndio e desmatamento em áreas públicas. Os levantamentos iniciais revelaram que as queimadas eram o primeiro passo de um esquema mais amplo de grilagem de terras, utilizado para forjar a ocupação e facilitar a posterior legalização indevida.

A continuidade das investigações revelou a participação de servidores do INCRA e de um órgão municipal, suspeitos de emitir documentos falsos em troca de pagamento para formalizar áreas invadidas ilegalmente. As provas indicam a existência de um esquema organizado que envolvia corrupção ativa e passiva.

Com base nos elementos reunidos, a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com pedido judicial de bloqueio de R$ 212 milhões do patrimônio dos investigados. A AGU também pleiteia uma condenação no valor de R$ 725 milhões por danos causados ao patrimônio público e ao meio ambiente.

Os suspeitos poderão ser responsabilizados por diversos crimes, incluindo incêndio criminoso, desmatamento ilegal, grilagem de terra, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa. A operação está em andamento e outras medidas judiciais podem ser adotadas nos próximos dias.

A Operação Prometeu reforça o compromisso da Polícia Federal e de órgãos parceiros com o combate à grilagem, à corrupção e aos crimes ambientais que comprometem a integridade do patrimônio público e a preservação dos biomas brasileiros.

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