Terremoto deixou três hospitais totalmente destruídos e outros 22 sofreram danos estruturais significativos
Uma atualização divulgada nesta segunda-feira pela junta militar que comanda Myanmar desde o golpe de Estado ocorrido em 2021 revela que subiu para 2.056 o número de mortes confirmadas após o forte terremoto de magnitude 7.7 na escala Richter que atingiu o Sudeste Asiático na última sexta-feira (28).
O relatório oficial também aponta que mais de 3.900 pessoas ficaram feridas e outras 270 seguem desaparecidas. Diante da catástrofe, a junta militar declarou uma semana de luto nacional. As bandeiras do país permanecerão a meio mastro até o dia 6 de abril, em homenagem às vítimas do desastre natural.
Equipes de resgate continuam atuando intensamente em busca dos desaparecidos. Mandalay, uma das cidades mais antigas e culturalmente relevantes de Myanmar, está entre as mais atingidas. Apesar das dificuldades, os socorristas ainda encontraram quatro sobreviventes — entre eles, uma mulher grávida e uma criança — nos destroços de um edifício.
Na vizinha Tailândia, o tremor também causou estragos significativos, especialmente em Bangkok. Na capital tailandesa, pelo menos 19 mortes já foram confirmadas, e sinais de vida foram detectados sob os escombros de um arranha-céu em construção, alimentando a esperança de novos resgates.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo internacional por ajuda humanitária urgente. A entidade solicita US$ 8 milhões (cerca de R$ 46 milhões) para fornecer assistência médica, prevenir surtos de doenças e restaurar serviços sanitários essenciais em Myanmar durante os próximos 30 dias.
Segundo a OMS, três hospitais foram totalmente destruídos e outros 22 sofreram danos estruturais significativos. A organização alerta que os números de mortos e feridos ainda são incertos e devem continuar subindo nos próximos dias, à medida que os trabalhos de resgate e avaliação avançam. (Com AnsaFlash)