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Pantanal é castigado pelas queimadas, e focos de calor quase dobram no mês de julho

Militares chegam ao incêndio depois de subirem o rio de barco – Divulgação/CBMS

As queimadas e o período de estiagem continuam castigando o Pantanal de Mato Grosso do Sul. Só neste mês foram mapeados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) 972 focos de calor ativos no bioma. Os números revelam a situação até esta quarta-feira (22/7).

O mês nem acabou e a quantidade de focos de calor na região já é 96% superior a registrada em todo o mês de julho do ano passado: 494. A situação preocupa o Corpo de Bombeiros Militar, que organiza apoio logístico das Forças Armadas para combater os incêndios florestais.

No Pantanal de Corumbá e Ladário, o fogo consome a vegetação de nove pontos considerados críticos: Porto da Manga, Rabicho, Codrasa, norte da Codrasa, Itajiloma/Baía do Tuiuiú, acima do rio no Itajiloma, Maracangalha, Fazenda Califórnia e Escola Jatobazinho.

Sobrevoos nas regiões são feitos com apoio da Marinha do Brasil para verificar o comportamento do fogo e montar estratégias de combate. Por terra, 14 militares apagam as chamas. Eles chegam aos incêndios depois de subirem o rio de barco, em uma viagem que dura mais de uma hora.

O comando dos Bombeiros reforçou o trabalho na região. Além do efetivo de Corumbá, equipes de Aquidauana e Jardim atuam no combate às chamas com brigadistas do Prevfogo. A atuação dos militares acontece nas áreas rural e urbana, que está em alerta por causa do tempo seco.

Trabalho árduo

Em todo o Pantanal, o combate a incêndios florestais é considerado árduo pelos bombeiros por causa de diversas condicionantes. “São locais de difícil acesso que dificultam a mobilidade do efetivo”, explica o comandante da Corporação em MS, coronel Joilson Alves do Amaral.

A grande quantidade de biomassa funciona como combustível para as chamas. As altas temperaturas e o baixo nível do Rio Paraguai são outros fatores que influenciam na proliferação dos incêndios florestais no Pantanal, já que áreas alagadas agora estão secas.

“Esse ano o período de estiagem está mais severo do que no ano passado, quando contamos com apoio dos bombeiros do Mato Grosso, Distrito Federal e São Paulo no combate aos incêndios. O próprio Exército e a Polícia Rodoviária Federal enviaram ajuda”, diz o comandante.

Em 2020, as Forças Armadas devem ser as únicas a prestar apoio logístico ao Mato Grosso do Sul em relação aos incêndios no Pantanal. Isso porque a estiagem também castiga os estados vizinhos que costumam enviar ajuda, fazendo aumentar o número de incêndios.

Ação humana

Segundo os militares do Corpo de Bombeiros, 99% dos incêndios florestais são provocados pela ação humana. No Pantanal, eles acontecem por negligência ou de forma criminosa, avalia o tenente-coronel Fernando Carminatti, relações públicas da Corporação.

Queimas de lavouras para renovação de pasto não permitidas podem sair do controle e gerar incêndios. Já o fogo provocado por pescadores e ribeirinhos, em fogueiras para espantar mosquitos, por exemplo, podem não ser apagados e provocar incêndios grandiosos.

Por isso, os militares pedem consciência da população em relação às queimadas. Como a previsão do tempo para o Pantanal para as próximas semanas é de elevadas temperaturas e umidade relativa do ar com índices abaixo de 30%, a situação tende a se agravar mais na região.

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