Nova praga da soja no Brasil

Pela primeira vez Colletotrichum cliviae é relatado causando antracnose em soja no Brasil

A soja (Glycine max) é considerada a mais importante cultura do agronegócio brasileiro. Dentre as diversas doenças que atacam essa cultura, tem aumentado a prevalência e a intensidade da antracnose causada principalmente por espécies do gênero Colletotrichum, resultando na deterioração e redução da qualidade da planta.

Tais espécies possuem alto potencial reprodutivo e os conídios são produzidos sucessivamente, sendo que a germinação conidial e infecção das plantas requerem climas mais úmidos. Podem ser transmitidos por vento, chuva, ferramentas contaminadas e através de atividades humana.

Em janeiro de 2012 no Estado do Mato Grosso, foram detectadas plantas de soja apresentando lesões marrons necróticas e irregulares em caules. Para verificar o que se tratava, amostras em campos comerciais foram colhidas de 2012 a novembro de 2014.

Foi feito o sequenciamento e a análise filogenética dos isolados. Com os dados obtidos constataram que se tratava da espécie Colletotrichum cliviae. Este é o primeiro registro deste fungo causando antracnose na soja no Brasil, sendo seu primeiro relato no país em 2012 em Mangifera indica (manga) [1]. Além disso, atualmente é sabido da sua ocorrência em plantações brasileiras de Camellia sinensis, Phaseolus lunatus (feijão-fava) e Sechium edule (chuchu).

Faz-se necessário a realização constante de monitoramentos e análises em campo. A identificação de novas doenças na lavoura é importante para que o dano econômico seja reduzido e para que sejam desenvolvidas alternativas para controle dos organismos.

Do Portal Defesa Vegetal.Net

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