Nota de repúdio de sindicato é compartilhada por jogadores do Santos após redução salarial

Elenco do Santos em treinamento – Foto: Ivan Storti/Santos

Os jogadores do Santos compartilharam uma nota de repúdio do SIAFMSP (Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol do Município de São Paulo) após a redução salarial de 70%.

A maior parte do elenco, inclusive o capitão Carlos Sánchez, ratificou a mensagem do sindicato sobre a irresponsabilidade do Peixe e a culpa “jogada” para a pandemia do novo coronavírus.

Mais cedo, o Alvinegro emitiu uma nota oficial, disse ter tentado um acordo e se contradisse sobre o número de funcionários afetados pela redução.

O Santos pagou março integralmente, sinalizou com 50% de redução, ouviu uma resposta para 30% e acabou cortando 70% dos jogadores e dos funcionários com salário acima de R$ 6,1 mil, o teto previdenciário. Há a promessa de pagar metade do “desconto” até a rescisão, estabilidade até outubro e um salário a mais no futuro.

Veja o texto do sindicato abaixo:

“O Sindicato dos Atletas de Futebol do Município de São Paulo (SIAFMSP), que tem mantido amplo diálogo com toda a categoria (homens e mulheres) e demais representantes do setor, manifesta completo apoio aos atletas que, nesse momento, têm sofrido absurdo desamparo por parte dos clubes empregadores. Ainda que com características peculiares, estamos falando de uma relação empregador e empregado, regida por leis e contratos. Ainda que esteja além de nossa alçada municipal, prestamos irrestrita solidariedade ao que acontece com os atletas do Santos F.C., com quem temos tido contato permanente. Embora tenham negociado um valor de desconto com a direção (de 30% de seus salários), justamente por compreender a triste e atípica situação que todos vivemos em função da pandemia, a diretoria, na figura de seu presidente, não apenas não honrou com o combinado, descontando absurdos 70% dos vencimentos, como apresenta argumentos inverídicos para a imprensa em relação à conversa com os atletas do clube. É inadmissível que os atletas passem por essa situação ou qualquer outra semelhante, seja no município de São Paulo ou em outros, no masculino ou no feminino – onde inclusive há relatos de inacreditável ausência de repasses de verbas destinadas exclusivamente aos salários das jogadoras. A categoria não aceitará que péssimas gestões utilizem a Covid-19 para justificar falhas de planejamento anteriores à pandemia”.

Da Gazeta Esportiva

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