Roda Viva entrevistou o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, nesta segunda-feira – Reprodução

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), foi entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura, tornando-se o primeiro chefe do Executivo estadual a participar dessa tradicional atração jornalística. Durante a conversa, ele abordou temas como o desenvolvimento do Estado, questões políticas e polêmicas recentes, incluindo a morte da jornalista Vanessa Ricarde.

Sobre a investigação da morte da jornalista, Riedel admitiu que o governo está reavaliando a condução do caso e não descartou o afastamento da delegada responsável. A postura do governador indicou uma preocupação com a transparência e a necessidade de ajustes na segurança pública.

Apesar de evitar discussões políticas em ocasiões anteriores, Riedel respondeu a perguntas incisivas sobre sua relação com Jair Bolsonaro (PL). Ele destacou que apoiou o ex-presidente por afinidade com seus valores, mas que nunca recebeu apoio direto dele.

O governador também foi questionado sobre os atos de 8 de janeiro. Para ele, qualquer tentativa de golpe precisa ser investigada e os responsáveis punidos. No entanto, ponderou que muitos manifestantes estavam presentes devido a um movimento de massa e não necessariamente com intenções golpistas.

Quanto aos atos de vandalismo durante a invasão ao Congresso, Riedel enfatizou que os envolvidos devem ser responsabilizados. Segundo ele, quem depredou patrimônio público e defendeu a ruptura institucional precisa enfrentar as consequências legais.

Sobre uma possível anistia a Bolsonaro, Riedel afirmou que é necessário respeitar as decisões judiciais para garantir a credibilidade das instituições. Ele evitou se posicionar diretamente sobre a inelegibilidade do ex-presidente, reforçando que essa é uma questão a ser definida pela Justiça.

A avaliação do governador sobre o governo Lula também gerou repercussão. Ele apontou que a economia tem impactado negativamente a popularidade do presidente, destacando a perda do poder de compra da população como um fator determinante para a insatisfação.

Outro tema abordado foi a polarização política, especialmente em relação a figuras internacionais como Donald Trump. Riedel criticou a divisão entre esquerda e direita e defendeu um foco maior em políticas públicas efetivas, como redução da pobreza, melhorias na saúde e investimentos em educação e transporte.

Sobre as eleições de 2026, o governador mencionou alguns nomes que considera fortes para a disputa presidencial. Entre eles, citou Tereza Cristina e Simone Tebet, além dos governadores Eduardo Leite (PSDB), Ratinho Júnior (PSD) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Por fim, ao ser chamado de “tucano nato” por evitar respostas diretas sobre alianças futuras, Riedel manteve sua postura diplomática. Sua participação no programa reforçou seu perfil moderado e pragmático, características que podem definir sua trajetória política nos próximos anos.

Assista a entrevista completa:

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