MS tem a primeira algodoeira do Brasil certificada em quesitos de sustentabilidade

Algodoeira da região de Chapadão do Sul recebeu auditoria de certificadora independente, e tornou-se a primeira do Brasil a cumprir os critérios mínimos sustentáveis, entre eles, questões ambientais, econômicas e sociais, principalmente àquelas ligadas à segurança do trabalho. Ela foi avaliada nos itens do Programa Algodão Brasileiro Responsável para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA) da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).

Ao todo Mato Grosso do Sul somam 9 algodoeiras. Além desta já auditada do Grupo JCN, outras duas devem ser certificadas (Grupo Schlatter e SLC Agrícola), ainda nesta primeira semana de setembro.

“Trata-se de um trabalho difícil. A algodoeira precisa seguir à risca todas as questões propostas na avaliação, que têm foco a segurança do trabalhador e a gestão da qualidade dos processos empregados na fase de beneficiamento do algodão. O ambiente de trabalho precisa ser impecável e a saúde dos envolvidos também é levada em conta, bem como os riscos que os processos apresentam”, explica o diretor executivo da Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão, Adão Hoffmann.

Segundo ele essa certificação refletirá em maior credibilidade na produção. “Com o processo de rastreabilidade vigente, a indústria ou o comprador final dentro e fora do Brasil, poderão verificar a origem do algodão, desde o estado onde foi produzido, a unidade produtora e produtor que produziu, a algodoeira que beneficiou e as características de qualidade da fibra, tudo isso até a chegada ao mercado asiático, por exemplo. Com a garantia de que a nossa produção passou por todos os processos de forma responsável, nos remete a valores intangíveis, que agrega muito ao nosso produto”, pontua Hoffmann.

A primeira algodoeira do Brasil a atender todos os quesitos é do Grupo JCN.  Eles foram avaliados em mais de 150 itens, desde os administrativos, técnicos, estruturais, legislativos, ambientais até quanto a saúde do trabalhador. O trabalho para alcançar a certificação começou há cinco anos e, ao longo desse tempo, a empresa foi se adequando às exigências para atender ao mercado nacional e internacional.

“Nossas fazendas já são certificadas há quatro safras agrícolas e tudo tem sido feito para enquadramento nas regras de sustentabilidade. Temos certeza de que passamos pelo crivo dos auditores e alcançamos os percentuais satisfatórios em cada requisito a que fomos submetidos. Para cada coordenador que acompanhou as etapas, esta é uma vitória quase que pessoal”, celebra o Gerente de Recursos Humanos do Grupo JCN, Alexandre Gonçalves Cassiano.

O Programa ABR-UBA leva em conta oito critérios de avaliação: contrato de trabalho; proibição do trabalho infantil; proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas; liberdade de associação sindical; proibição de discriminação de pessoas; segurança, saúde ocupacional, e meio ambiente do trabalho; desempenho ambiental e boas práticas, em 170 itens de verificação e certificação.

Depois de Mato Grosso do Sul, os próximos estados a terem unidades de beneficiamento auditadas serão Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Maranhão.

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