
Construção lidera geração de empregos em agosto com 1.140 vagas, seguida pela Indústria com 650
Mato Grosso do Sul encerrou agosto de 2025 com saldo positivo de 2.718 postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Observatório do Trabalho de MS, Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e Funtrab. As informações têm como base o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.
No mês, foram registradas 35.566 admissões e 32.848 desligamentos. No acumulado de janeiro a agosto, o Estado soma 29.861 novas vagas formais, crescimento de 2,63% em relação ao estoque de empregos de 2024. Com esse desempenho, Mato Grosso do Sul ocupa a 15ª posição no ranking nacional de empregabilidade. Considerando os últimos 12 meses (setembro/24 a agosto/25), o saldo chega a 17.964 empregos criados. A taxa de rotatividade foi de 32,65%, próxima da média nacional (32,98%).
Entre os setores da economia, a Construção foi a grande protagonista em agosto, com 1.140 novas vagas. A Indústria aparece na sequência com 650, seguida pelos Serviços (571) e pelo Comércio (532). O único setor em retração foi a Agropecuária, que fechou 175 postos, reflexo do vazio sanitário da soja (15 de junho a 15 de setembro), período de entressafra que reduz temporariamente a demanda por trabalhadores no campo.
O secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc, Esaú Aguiar, destacou a importância da diversificação da economia e das políticas públicas de capacitação. “Os números confirmam a consistência da nossa política de qualificação e de fortalecimento do mercado formal de trabalho em Mato Grosso do Sul. Mesmo em um cenário de sazonalidade, como é o caso da agropecuária no período de entressafra, o Estado segue ampliando oportunidades em setores estratégicos como a construção, a indústria e os serviços. Isso demonstra que estamos no caminho certo, investindo na formação profissional e criando condições para que as empresas gerem mais empregos e renda para a população sul-mato-grossense”, afirmou.
Os resultados por município reforçam a concentração das novas vagas em polos urbanos e industriais. Campo Grande liderou o ranking com saldo de +645 empregos, seguida por Nova Alvorada do Sul (+302), Ribas do Rio Pardo (+292), Dourados (+233) e São Gabriel do Oeste (+225). Também se destacaram Aparecida do Taboado (+170), Três Lagoas (+170), Paranaíba (+125), Bataguassu (+116) e Chapadão do Sul (+107).
Em contrapartida, algumas cidades registraram retração no emprego formal. Água Clara liderou os saldos negativos (-184), seguida por Costa Rica (-67), Caarapó (-63), Rio Brilhante (-61) e Sidrolândia (-40). Também tiveram fechamento de vagas Corumbá (-36), Brasilândia (-32), Paraíso das Águas (-31), Naviraí (-24) e Aral Moreira (-24).
O desempenho mostra que, apesar dos efeitos sazonais da agropecuária, a economia sul-mato-grossense tem se apoiado em setores dinâmicos para manter a criação de empregos em alta. O avanço da construção civil, aliado à expansão industrial e ao aquecimento do setor de serviços, tem sustentado o ritmo positivo do mercado de trabalho.
A expectativa do governo estadual é que, com a retomada plena da safra agrícola a partir de outubro, o saldo de empregos do setor rural volte a contribuir de forma significativa para os próximos resultados do Caged, reforçando o bom desempenho observado em 2025.