Movimento Maio Amarelo faz passeata em Caarapó

Passeata em Caarapó reuniu crianças da educação infantil do município; atividades prosseguem até o dia 25 deste mês – Foto: Dilermano Alves

Com participação de alunos da Educação Infantil das escolas Professor Moacir Franco de Carvalho e Arcênio Rojas e do Centro Municipal de Educação Infantil Professor Armando Campos Belo, a coordenação do Movimento Maio Amarelo de Caarapó realizou na manhã de quinta-feira (3) passeata pelas ruas da cidade, com o objetivo de divulgar a iniciativa. Neste ano, o movimento adotou o mote “Nós somos o trânsito”.

Em Caarapó, as atividades do Movimento Maio Amarelo tiveram início em 18 de abril e vão se estender até o dia 25 deste mês. Conforme o cronograma, as atividades envolvem passeatas com alunos da rede pública, visitas às unidades escolares, palestras, blitzes educativas, panfletagem e outras ações de marketing, com envolvimento dos órgãos parceiros do movimento, como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Departamento Municipal de Transporte e Trânsito (Demtrat), Detran, Secretaria Municipal de Educação e Esportes e autoescolas.

O Movimento Maio Amarelo tem a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.

Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

O Movimento em 2018

Com o mote “Nós somos o trânsito”, o Movimento chega à sua 5ª edição e fomenta na sociedade discussões e atitudes voltadas à necessidade urgente da redução do número de mortes e feridos graves no trânsito. O tema foi discutido com a Associação Nacional de Detrans (AND) e foi apresentado em reunião do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Assim como em 2017, o tema de 2018 propõe o envolvimento direto da sociedade nas ações e propõe uma reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade. Trata-se de um estímulo a todos os condutores, seja de caminhões, ônibus, vans, automóveis, motocicletas ou bicicletas, e aos pedestres e passageiros, a optarem por um trânsito mais seguro.

De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, os acidentes não acontecem, mas sim são frutos de escolhas inadequadas e arriscadas. Para José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do Observatório e idealizador do Movimento Maio Amarelo, 90% dos acidentes têm como motivação as falhas humanas como imperícia, imprudência e desatenção. “Somos os responsáveis pelos nossos atos no trânsito e ter consciência clara disso é um dos caminhos para a reversão do triste cenário não só do Brasil, mas de todo o mundo”, ressalta.

Em Caarapó, o prefeito Mário Valério (PR) participou das atividades desta quinta-feira. “A sociedade precisa ter consciência de que a segurança no trânsito depende de todos nós”, destacou o dirigente, acrescentando que reduzir os acidentes deve ser uma questão de atitude, mudança de comportamento. “Só assim a meta de poupar cinco milhões de vidas até 2020 poderá ser atingida”, concluiu.

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