Mesmo com pandemia, produção industrial brasileira continua crescendo

Produção cresceu em 14 dos 15 locais pesquisados; apenas Mato Grosso registrou resultado negativo

Produção cresceu puxada principalmente pela produção de veículos – Divulgação

A produção industrial cresceu em 14 dos 15 locais pesquisados em junho pela PIM (Pesquisa Industrial Mensal – Regional), divulgada nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As informações são do R7.

O único resultado negativo foi registrado no Mato Grosso (-0,4%). O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, diz que queda foi influenciada pelo setor de alimentos, bastante atuante na região.

A produção industrial cresceu em junho (8,9%) e registrou a segunda alta consecutiva, puxada principalmente pela produção de veículos. De janeiro a junho, a indústria acumula queda de 10,9%, resultado esse devido a pandemia de Covid-19 que assola todo o mundo.

Locais pesquisados

De acordo com a pesquisa, as maiores altas do mês, em comparação a maio, vieram do Amazonas (65,7%) e do Ceará (39,2%), sendo que o primeiro conseguiu eliminar a perda acumulada durante os meses com medidas de isolamento mais fortes.

A indústria gaúcha também foi um destaque positivo no mês, que teve alta maior que a média nacional e registrou 12,6% na comparação com maio.

Além de Rio Grande do Sul e São Paulo (10,2%), Santa Catarina, com taxa de 9,1% também mostrou alta maior que a média nacional.

A região Nordeste (8,0%), Minas Gerais (5,8%), Paraná (5,2%), Pernambuco (3,5%), Pará (2,8%), Goiás (0,7%), Rio de Janeiro (0,7%), Bahia (0,6%) e Espírito Santo (0,4%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em junho, na comparação com maio.

Junho de 2019

Em comparação ao mesmo período de 2019, a indústria brasileira teve queda em 12 dos 15 locais pesquisados, mesmo com o chamado “efeito-calendário” sendo positivo – ou seja, junho de 2020 teve dois dias úteis a mais do junho de 2019.

Para Bernardo, esse resultado mostra que, apesar de uma retomada progressiva, o ritmo da produção industrial no país permanece reduzido, ainda influenciado pelos efeitos do isolamento social.

Nesta comparação, os recuos mais fortes vieram do Espírito Santo (-32,4%) e Ceará (-22,1%). Outras quedas aconteceram na Bahia (-14,4%), Região Nordeste (-13,0%), Santa Catarina (-12,6%), Rio Grande do Sul (-12,2%), São Paulo (-11,8%) e Amazonas (-10,4%), Pará (-8,0%), Paraná (-6,8%), Minas Gerais (-6,0%) e Rio de Janeiro (-0,4%).

Apenas Goiás (5,4%), Pernambuco (2,8%) e Mato Grosso (1,6%) tiveram resultados positivos na indústria nesta comparação.

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