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Marun chama de “eleitoreira” reação de governadores às suas declarações

Anda rendendo em Brasília a ofensiva de governadores do Nordeste contra as declarações do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Depois da carta aberta dos governadores enviada ao presidente Michel Temer contestando o condicionamento da liberação de financiamentos em bancos públicos ao apoio à reforma da Previdência, foi a vez de Marun abrir seu direito à “tréplica”. Em nota, negou o que já havia declarado e chamou de “eleitoreira” a reação dos governantes nordestinos.

Tudo começou depois que ele admitiu, em entrevista no Palácio do Planalto na última terça-feira, que espera uma “reciprocidade” dos governadores que tentam empréstimos junto a bancos públicos como a Caixa Econômica Federal e do Brasil. O recado era claro: teriam a vida facilitada aqueles que abraçassem a causa do governo e defendessem publicamente as mudanças no sistema previdenciário. Principalmente influenciando as bancadas federais de seus estados a votarem a favor da reforma. A votação está prevista para 19 de fevereiro.

Os governadores do Nordeste se sentiram coagidos, chantageados, e reagiram: no dia seguinte, em um documento assinado por sete de nove deles, cobraram providências do presidente Temer para que Marun retirasse o que vinha dizendo. Prometeram, inclusive, acionar política e judicialmente os agentes públicos envolvidos, caso a ameaça do ministro se confirmasse. E aí veio Marun: nesta quinta divulgou uma nota dizendo que a reação nada mais tem do que uma preocupação com as eleições de 2018.

Diz o texto: “A reação daqueles que querem continuar omitindo a participação do Governo Federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos só se justifica pela intenção de buscar resultados eleitorais exclusivamente para si”, escreveu o ministro.E continuou: “Estes defendem a equivocada tese de que quem recebe financiamentos pratica ações de Governo e que quem os concede, não”. Em 2018, governadores e deputados federais, estaduais e distritais disputam a reeleição. Temendo perder votos, evitam se envolver em temas espinhosos e pouco consensuais, como a reforma da Previdência, para não desagradar os eleitores.

Marun disse ainda que assistiu a entrevista que deu aos jornalistas e que nada viu de errada nas suas declarações. Alegou ter sido mal interpretado e que o governo sempre privilegiou o apoio aos estados e municípios. “O Brasil avança. Nossa economia reage. Nada me afastará do objetivo de fazer com que o país não retroceda”, conclui no texto.

Confira a íntegra da nota:

A reação daqueles que querem continuar omitindo a participação do Governo Federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos só se justifica pela intenção de buscar resultados eleitorais exclusivamente para si. Estes defendem a equivocada tese de que quem recebe financiamentos pratica ações de Governo e que quem os concede, não.

Assisti a citada entrevista e desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que financiamentos estão condicionados a apoio a necessária Reforma da Previdência. Afirmei, como reafirmo, que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de contribuir neste momento histórico da vida da Nação. E afirmei, como reafirmo, que vou dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita.

A conduta governamental sempre foi de prestígio ao princípio federativo, ou seja, apoio aos estados e municípios. Foi a partir dai que repactuamos a dívida dos estados dando fôlego financeiro e de igual maneira fizemos com os municípios. Também a estes não só parcelamos o débito previdenciário, que eles tinham no ano passado, como partilhamos a multa no processo de repatriação de divisas.

O Brasil avança. Nossa economia reage. Nada me afastará do objetivo de fazer com que o país não retroceda.

Carlos Marun
Min Chefe da Sec de Governo

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