Em mais uma live promovida pela Rede de Ensino do Sesi de Mato Grosso do Sul durante a pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19) e transmitida pelo Canal do Sesi MS no YouTube na noite de ontem (24/11), pais e docentes puderam discutir sobre a importância da educação em casa e na escola com a bióloga e educadora sexual Monica Kaimen.
A ação integra o calendário preparado pelo Sesi no Estado com intuito de contribuir com a rotina dos pais e alunos neste momento em que a recomendação é para que todos permaneçam em casa. Todo o material disponibilizado até o momento continua disponível no Canal do Sesi MS no YouTube.
Mônica Kaimen iniciou sua fala destacou que é extremamente positivo ter a oportunidade de falar com pais e professores sobre educação sexual e discutir qual a melhor forma de abordar o assunto em casa e na escola. “Ainda existe um tabu muito grande com relação ao tema e muitos pais acreditam que falar sobre o assunto com crianças vai tirar delas a inocência, quando na verdade é justamente o contrário. A informação que vem por meio da educação sexual tem o poder de transformar, prevenir doenças e salvar vidas”, afirmou.
Ainda conforme a educadora sexual, a maior dificuldade dos pais é a de não saber com que idade começam a falar sobre sexo com as crianças, mas existem diversas dinâmicas que podem abordar o assunto sem necessariamente haver uma conversa. “É por isso que uma live como essa é tão importante. Para saber como trabalhar com as crianças, é preciso entender o desenvolvimento da sexualidade da criança até a fase adulta”, comentou.
Além disso, Mônica Kaimen alertou sobre os riscos de abuso sexual dentro e fora do núcleo de pessoas conhecidas. “Muitos abusos acontecem dentro do nosso núcleo de conhecimento e o abusador, diferente do que muitas pessoas pensam, não é uma pessoa com cara de vilão. Ele pode estar por perto e sempre é uma inteligente e sedutor”, alertou.
Ela ainda ressaltou que a escola também tem papel fundamental na hora de ensinar as crianças sobre educação sexual. “Nem por isso a família deve deixar essa responsabilidade apenas para a escola. Os dois ambientes devem trabalhar esse assunto com as suas competências. A escola é importante para ajudar a refletir sobre prevenção de doenças e gravidez precoce e também identificar se a criança está sofrendo abuso no ambiente familiar”, finalizou.
