Lideranças políticas e eleitores param carro na estrada para abraçar Zé Teixeira

Zé Teixeira se emociona com movimento – Divulgação

Deputado foi liberado neste domingo para tocar sua campanha à reeleição

Lideranças políticas e centenas de eleitores pararam o carro na entrada da cidade de Douradina para cumprimentar o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), que estava a caminho de Dourados, seu principal reduto eleitoral.

Muito querido na região da Grande Dourados, Zé Teixeira foi liberado na tarde deste domingo (16), após prisão considerada injusta para muitos de seus seguidores, como parte da Operação Vostok, da Polícia Federal.

Entre as lideranças presentes na manifestação estavam o prefeito de Itaporã, Marcos Pacco (PSDB), amigos e eleitores, que saíram de suas casas mesmo com o tempo frio para cumprimentar seu líder político, que busca seu sétimo mandato consecutivo.

O ex-deputado Valdenir Machado também foi uma das grandes lideranças políticas a prestar a sua solidariedade ao amigo.

Emocionado, o democrata agradeceu o carinho de todos e reafirmou seu compromisso em trabalhar em favor da população não apenas da região de Dourados, mas de todo o Estado.

Político conceituado no Estado por honrar seus compromissos, Zé Teixeira deve conceder entrevista coletiva à imprensa nesta segunda-feira (17) para falar sobre o assunto e, ao mesmo tempo, intensificar a sua campanha à reeleição, conforme informou à sua assessoria jurídica.

Notas

Antes de sua liberação, Zé Teixeira divulgou duas notas à imprensa, nas quais, destacou a sua seriedade como homem público honesto e dedicado ao trabalho na Assembleia Legislativa desde seu primeiro mandato.

“Levando em consideração a minha trajetória de vida, seriedade e compromisso com que trato as questões da minha empresa e do meu mandato, informo que meus advogados estão providenciando o restabelecimento da verdade”, reagiu o deputado, na primeira nota à imprensa.

Na segunda nota, emitida no sábado (15), ele tratou as acusações como requentadas.

“Recorro a essa nota para conversar com meus familiares, com meus amigos, com as pessoas que me conhecem há décadas e sabem da minha retidão de caráter, da minha integridade, da palavra empenhada e sempre honrada. Nunca me locupletei do erário e cada centavo que movimento nas minhas contas são fruto do meu trabalho que, aliás, teve início muito cedo, ainda criança”, colocou.

Ainda conforme a nota, Zé Teixeira observou que as acusações foram feitas por delatores que estão sendo questionados pela justiça.

“Quero conversar com as pessoas que confiam em mim, que acompanharam minha trajetória de vida, seja na dedicação ao campo, plantando e criando, seja na vida política, onde tenho me dedicado há quase 30 anos em favor não apenas do agronegócio, mas de todos aqueles que precisam de apoio, de um ombro amigo, de um incentivo para seguir em frente e superar suas dificuldades. Quem me conhece sabe que essa acusação que caiu neste momento sobre mim não vai macular minha história, mesmo porque trata-se de fato requentado, narrado por delatores que estão tendo sua delação premiada em suspeição pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a mais alta corte desse país. Tão logo essas notícias se tornaram públicas pelas bocas dos delatores, me antecipei e na tribuna da Assembleia Legislativa apresentei todas as provas da minha inocência”, acrescentou.

Operação

Além dele, foram soltos o conselheiro Márcio Monteiro e o filho do Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Rodrigo Souza e Silva.

Os três estavam em cela especial no Presídio Militar, que fica dentro do Complexo Penal, no jardim Noroeste, e deixaram a prisão na hora do almoço, acompanhados de seus advogados. O prazo da prisão temporária, decretada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), vence hoje.

Também devem ser liberados ainda hoje os pecuaristas Ivanildo da Costa Miranda, João Roberto Baird, Antônio Celso Cortez, Élvio Rodrigues, Francisco Carlos Freire de Oliveira, além de Miltro Rodrigues Pereira, Osvane Aparecido Ramos, Rubens Massahiro Matsuda e Zelito Alves Ribeiro.

A Operação da Polícia Federal foi denominada “Vostok”, nome de uma estação de pesquisa da Rússia na Antártida que, segundo a PF, é tão fria quanto as notas utilizadas para lavar a propina da JBS. O inquérito da PF apontou que até 30% dos créditos tributários (incentivos fiscais ao grupo JBS) eram revertidos em proveito do grupo, que os policiais federais chamam de “organização criminosa”.

As investigações tiveram início neste ano, tendo como ponto de partida delação de empresários do grupo JBS.

A ação envolveu 220 policiais federais que cumpriram 220 mandados de busca e apreensão, 14 de mandados de prisão temporária em Campo Grande, Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes da Laguna e na cidade de Trairão (PA).

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