Para a ministra Laurita Vaz, do STJ (Supremo Tribunal de Justiça), evidências apresentadas na 5ª fase da Operação Lama Asfáltica demonstram que o ex-governador André Puccinelli(MDB) continuou cometendo crimes e ocultou provas. As informações são do Campo Grande News.
“Como se vê, as instâncias ordinárias entenderam que a custódia cautelar do Paciente é necessária para a garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, tendo em vista que mesmo no cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão persistiu na prática criminosa e ocultou provas, de modo a demonstrar necessidade da segregação para acautelar o meio social e interromper a atividade ilícita, bem como para assegurar a instrução criminal e a aplicação da lei penal”, defende a magistrada.
A ministra negou no início da tarde de quinta-feira, 4 de outubro, mais um pedido de liberdade apresentado pelos advogados do ex-governador. Para ela, não há como “reconhecer que os indícios de materialidade e autoria do crime são insuficientes para justificar a custódia cautelar”.
Prisão – Puccinelli desde 20 de julho no Centro de Triagem Anísio Lima, no Complexo Penal de Campo Grande, como consequência das investigações da Operação Papiros de Lama, a 5ª etapa da Lama Asfáltica.
O pedido de liberdade foi elaborado pelo advogado Cezar Bittencourt e esta foi a terceira vez que a Corte rejeitou a solicitação da defesa de Puccinelli. Os ministros Humberto Martins, em regime de plantão, e Maria Thereza de Assis Moura, relatora da operação no STJ, já haviam recusado a solicitação.
O emedebista foi preso por determinação de juiz da 3ª Vara Federal de Campo Grande, a pedido do Ministério Público Federal. A 5ª faze da Lama Asfáltica investiga o uso do Instituto Ícone para recebimento de propinas destinadas ao ex-governador.
Registrada em nome do advogado João Paulo Calves, a empresa pertenceria de fato a André Puccinelli Júnior, também advogado e filho do ex-governador. Ambos estão presos.
Além dessa suspeita, a descoberta de uma quitinete no Indubrasil onde haveria provas de irregularidades contra Puccinelli subsidiaram o novo pedido de liberação.
O ex-governador está com o filho na cela 17 do Centro de Triagem, ao lado de Edson Giroto e João Alberto Krampe Amorim dos Santos. Entre as consequências da prisão está sua saída da disputa eleitoral deste ano –ele concorreria ao governo estadual pelo MDB.