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Justiça do Trabalho viabiliza compra de equipamentos para reabilitação de trabalhadores

Centro de Reabilitação em Fisioterapia é mantido pela Prefeitura Municipal de Bataguassu – Foto: Assessoria

No ano passado, Mato Grosso do Sul registrou 7.830 acidentes de trabalho, boa parte deles ocasionado por doenças ocupacionais. Lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) atingem 3,5 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. Muitos desses trabalhadores precisam passar por um longo processo de reabilitação para retornar à atividade laboral.

Pensando nisso, a Vara do Trabalho de Bataguassu destinou R$ 158.921,69 para a compra de equipamentos para o Centro de Reabilitação em Fisioterapia mantido pela Prefeitura Municipal. O dinheiro é fruto de um acordo fechado entre o frigorífico Marfrig e o Ministério Público do Trabalho em um processo trabalhista movido em decorrência de um acidente de trabalho que matou quatro trabalhadores e deixou 16 feridos, em 2012.

A secretária municipal de Saúde, Maria Angélica Benetasso, explica que o centro de reabilitação funcionava em duas salas pequenas e tinha poucos equipamentos. A prefeitura elaborou um projeto indicando uma relação de itens que seriam necessários para ampliar o atendimento e dar efetividade na reabilitação dos pacientes para o mercado de trabalho e apresentou para a Vara do Trabalho de Bataguassu. Entre alguns equipamentos que foram adquiridos com recursos liberados pela Justiça do Trabalho estão escadas, rampas, jumpers, complementos, esteira e bicicleta elétricas, boxes, computadores e mobiliário.

“Como nós temos uma demanda muito alta de doenças ocupacionais em decorrência das fábricas da região, nós não conseguíamos ter um leque grande de atendimento. Hoje, nós temos um dos melhores centros de reabilitação do Estado. Esse espaço equivale a cerca de dez salas do que tínhamos antes. Foi um avanço”, garante Maria Angélica.

A fisioterapeuta Márcia Ferreira explica que a chegada dos novos aparelhos permitiu ampliar os atendimentos. “Nós somos quatro fisioterapeutas e cada um conseguia atender cerca de oito pacientes por dia. Agora, cada um atende de quinze a vinte pessoas, diariamente”, afirma.

Ainda de acordo com a fisioterapeuta a recuperação dos pacientes evoluiu muito com as novas instalações. É o caso do caminhoneiro José de Souza Dantas que sofreu um acidente em 2015 e ficou de cadeiras de rodas. O trabalhador, que está afastado pelo INSS, chegou ao centro de reabilitação sem andar e três meses depois já recuperou os movimentos das pernas. “Eu estou feliz com os resultados. Agora já ando com a ajuda da muleta”, comemora José.

O novo espaço foi inaugurado em dezembro de 2015 em um prédio alugado pela Prefeitura. O Centro de Reabilitação em Fisioterapia oferece atendimento especializado para trabalhadores com doenças ocupacionais ou que sofreram acidente e também para pacientes neurológicos ou com algum tipo de deficiência, incluindo crianças e jovens.

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