Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) © Rosinei Coutinho/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento da condenação do ex-presidente Fernando Collor de Mello. O ministro André Mendonça interrompeu o processo, que ocorria no plenário virtual, e transferiu-o para o julgamento presencial. Até então, havia maioria para manter a pena de 8 anos e 10 meses de prisão. Os ministros Alexandre de Moraes (relator), Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux votaram a favor da condenação.

Por outro lado, Dias Toffoli e Gilmar Mendes votaram para reduzir a pena para 4 anos, o que resultaria na prescrição do crime, impedindo a prisão do ex-presidente. Com a decisão de Mendonça, o julgamento será reiniciado no plenário físico, e todos os ministros deverão apresentar seus votos novamente, podendo confirmar ou modificar suas decisões anteriores.

Não há data definida para o novo julgamento, cabendo ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, definir a agenda. Após o julgamento, ainda caberão novos recursos por parte da defesa. A execução da pena costuma ocorrer após o esgotamento desses recursos, caso a condenação seja confirmada.

Entenda o julgamento

Antes do pedido de Mendonça, os ministros do STF julgavam, no plenário virtual, recursos da defesa do ex-presidente contra a condenação Collor em um desdobramento da Operação Lava Jato.

O ex-presidente havia sido condenado, em 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.

Até a noite de sexta (8), quando os pedidos eram analisados virtualmente, o placar era de 6 votos a 2 para rejeitar os recursos. Havia maioria, portanto, para manter a condenação do ex-presidente.

Collor e os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos foram condenados pelo recebimento de R$ 20 milhões em propina para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

Segundo a investigação, o dinheiro teria sido pago para assegurar apoio político para indicação e manutenção de diretores da estatal.

Placar para manter a pena

No recurso apresentado à Corte, os advogados de Collor afirmam que houve um erro na contagem de votos que levou a definição do tamanho da pena. Também pedem que a acusação seja rejeitada por falta de provas.

A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Alexandre de Moraes, para manter a pena em 8 anos e 10 meses (relembre o julgamento que condenou o ex-presidente no vídeo acima).

Também votaram pela rejeição dos recursos: Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Eles entenderam que não houve qualquer problema na fixação da pena.

  • Com Agência Brasil

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