
Na madrugada desta quinta-feira (19) Israel realizou ataques aéreos contra portos e infraestrutura energética em regiões controladas pelos houthis no Iêmen. A ofensiva, que contou com 14 caças e outras aeronaves, mirou inicialmente os portos de Salif e Ras Issa, e, posteriormente, a capital Sanaa, segundo o porta-voz militar israelense, tenente-coronel Nadav Shoshani. As ações ocorrem após os houthis lançarem centenas de mísseis contra Israel no último ano, incluindo um interceptado nesta madrugada que atingiu uma escola em Ramat Efal.
Os ataques causaram significativas perdas humanas e materiais. De acordo com a Al Masirah TV, canal administrado pelos houthis, nove pessoas morreram: sete em Salif e duas nas instalações de petróleo em Ras Issa. Em Sanaa, os bombardeios danificaram duas centrais elétricas, deixando milhares de famílias sem energia. Em resposta, o grupo militante declarou ter alvejado Tel Aviv com mísseis balísticos na mesma noite, prometendo retaliar os ataques israelenses.
A operação israelense ocorre em meio a crescentes tensões regionais. Na segunda-feira (16), os Estados Unidos já haviam realizado ataques contra uma instalação de comando houthi. Os militantes, que controlam boa parte do território iemenita, vêm lançando ataques desde 2022 contra embarcações internacionais próximas ao Iêmen, em apoio à causa palestina na guerra de Israel contra o Hamas.
O porta-voz militar dos houthis, Yahya Saree, reforçou a postura de resistência do grupo. Em pronunciamento, ele afirmou que o Iêmen continuará a “responder à agressão israelense” e reiterou o compromisso de apoiar Gaza no conflito contra Israel. A escalada demonstra a complexidade dos conflitos no Oriente Médio, com múltiplos atores ampliando os cenários de confronto.