Indústrias de chocolate do Estado esperam aumentar faturamento em 10% na Páscoa

Empresários já investem na contratação de mão de obra temporária para a confecção e para a venda dos produtos – Divulgação

O período de Páscoa, uma das melhores datas para as indústrias de chocolate no ano por gerar um aumento significativo na produção e em empregos temporários, também deixa otimistas os empresários de Mato Grosso do Sul. As indústrias de chocolate do Estado já verificam aumento da demanda por ovos e outros produtos e, para este ano, aguardam faturamento 10% superior ao registrado no mesmo período comemorativo de 2018. 

Tanto que, com a produção aquecida, os empresários já investem na contratação de mão de obra temporária para a confecção e para a venda dos produtos. Em Dourados (MS), por exemplo, a Comercial Pelicano, que há 25 anos fabrica e comercializa ovos de Páscoa e embalagens para a fabricação caseira do produto, vai reforçar o número de funcionários. 

“Vamos ampliar a linha de produção em cerca de 30%, um percentual inclusive maior do que ano passado, e fazer o mesmo com o número de representantes de comerciais, que esperamos contratar pelo menos 20, para fazer as vendas em todas as regiões do Estado”, afirmou o proprietário Rubens Luiz Triaca. 

Crescimento da atividade 

O empresário aposta no faturamento 10% maior ao levar em conta fatores como o crescimento progressivo da atividade nos últimos anos, apesar do período de recessão e redução do poder de compra das famílias nos últimos anos. “Ainda que todos passaram por um período de dificuldade, os estoques de ovos de Páscoa no supermercado sempre foram zerados. O que é produzido, é vendido”, analisou. 

Em Campo Grande, a Sweet Confeitaria, que desde 2007 atua no mercado de confeitaria e, três anos depois, enxergou na produção de ovos de Páscoa uma oportunidade de ampliar as vendas e o catálogo de produtos, também trabalha com a expectativa de faturar 10% a mais em 2019. “Começamos a preparar catálogo no início do ano e, passado o Carnaval, é hora de iniciar a produção”, disse a proprietária Andressa Sandri. 

A empresária acrescenta que já aumentou o quadro de funcionários em 10% e esperamos obter, pelo menos, esse mesmo percentual no que diz respeito ao aumento das vendas. “Inclusive ampliamos a produção em 20% porque, caso haja sobra, os produtos são adquiridos mesmo após a Páscoa”, afirmou. 

Dados 

Segundo a ABICAB (Associação Brasileira das Indústrias de Chocolates, Amendoim e Balas), em 2018 foram produzidas mais de 11 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa em todo o País, número 26% maior que o registrado no ano anterior. A entidade afirma que, juntas, indústrias e varejo geraram mais de 18 mil vagas de empregos temporários, tanto em fábricas quanto em pontos de venda. 

“Estamos confiantes. O mercado de chocolate volta a ganhar penetração nos lares brasileiros com maior consumo de ovos e figuras de Páscoa, como também de produtos regulares. A indústria tem amplo portfólio que agrada todos os perfis dos brasileiros”, explicou Ubiracy Fonsêca, presidente da ABICAB. 

Ainda em 2018, o setor de chocolates (não apenas Páscoa), faturou R$ 13,3 bilhões no Brasil, segundo dados do Euromonitor. “Outro indicador do desempenho positivo da indústria no ano passado, e que reforça o otimismo para este ano, foi o aumento de 6,5% na produção de chocolate, totalizando 671 mil toneladas de chocolates, incluindo achocolatados em pó”, finalizou Ubiracy Fonsêca.

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