Enfermeiros foram treinados para a passagem do cateter PICC e os técnicos de enfermagem para a manutenção do dispositivo

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS), filiado à Rede Ebserh, realizou no mês de julho um importante curso de capacitação voltado para os profissionais de enfermagem da Enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP). O curso, focado na passagem e manutenção do cateter central de inserção periférica (PICC) em pacientes adultos, teve como objetivo aprimorar a qualificação dos enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam na Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias (UDIP) do Humap-UFMS/Ebserh.

Idealizado como uma ação estratégica para melhorar o atendimento aos pacientes da unidade, o curso visou proporcionar melhores práticas no tratamento de pacientes que, frequentemente, necessitam de medicamentos vesicantes e irritantes por longos períodos. “Esses pacientes, em sua maioria, chegam muito graves e debilitados em consequência das doenças infecto-parasitárias, levando a perdas constantes do acesso venoso periférico além das flebites medicamentosas”, destacou Vânia Silva Dos Reis, chefe da Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias.

Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e de acordo com a Resolução 258/2001, considera-se lícito ao enfermeiro a passagem de PICC, porém, para tal atividade, o profissional deve ser submetido à qualificação/capacitação profissional. Nesse sentido, o curso com carga horária de oito horas combinou teoria e prática, sendo realizado na sala 01 da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) e no laboratório de habilidades do Humap. A capacitação contou com a participação de 30 profissionais, sendo que os enfermeiros foram treinados para a passagem do cateter PICC e os técnicos de enfermagem para a manutenção do dispositivo.

Bertha Borges, enfermeira responsável técnica (RT) da Enfermaria DIP e ministrante do curso, explicou a relevância dessa capacitação para a realidade enfrentada no hospital. “A necessidade do curso PICC nasceu por conta do perfil dos nossos pacientes aqui na DIP, na Enfermaria DIP. Nós temos pacientes com uma vulnerabilidade muito grande de rede venosa, então existem pacientes que a gente funciona até três vezes ao dia por conta das medicações que eles utilizam serem muito vesicantes e irritantes”, afirmou Bertha.

A enfermeira ressaltou que a introdução do uso do PICC foi uma decisão estratégica baseada em pesquisas realizadas nos maiores hospitais do Brasil. “Frente a isso, a gente fez uma pesquisa nos maiores hospitais do Brasil que utilizavam esse tipo de acesso em pacientes adultos, entramos em contato com alguns enfermeiros, principalmente da rede Ebserh, e de outros hospitais em São Paulo, em Salvador, no sul do país, e todos eles já utilizavam, já tinham começado a utilizar PICC no adulto, principalmente pacientes paliativos, oncológicos e pacientes que vivem com o HIV”, completou.

Com base nas informações obtidas, a equipe do Humap-UFMS adaptou materiais e criou um protocolo e procedimento operacional padrão (POP) para a passagem e manutenção do PICC. “Iniciamos o treinamento junto da Divisão de Gestão de Pessoas (DivGP), junto ao Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS). Através da Escola Ebserh de Educação Corporativa (3EC), nós fizemos esse treinamento, que foi realizado na sala 1 da GEP para as aulas teóricas e no laboratório de habilidades para as aulas práticas”, detalhou Bertha.

A capacitação também visou reduzir custos hospitalares a longo prazo. “Um cateter PICC realmente não é barato, mas a longo prazo a gente consegue trabalhar essas veias mais difíceis e, ao invés de você gastar três, cinco abocath, gelcos ao dia, você tem o PICC que é bem mantido e bem passado dentro dos protocolos que nós criamos e treinamos”, concluiu Bertha, destacando a importância do curso para a eficiência do atendimento e a otimização dos recursos do hospital.

Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.