HU-UFGD participa de conclusão do Projeto Paciente Seguro e comemora resultados positivos na redução de riscos ao usuário

Representantes do HU-UFGD, durante o encerramento do projeto, em Brasília - Divulgação
Representantes do HU-UFGD, durante o encerramento do projeto, em Brasília – Divulgação

Iniciativa do Ministério da Saúde é realizada em 15 hospitais do Brasil, numa parceria com o hospital-referência Moinhos de Vento, de Porto Alegre

Representantes do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) participaram nesta semana, em Brasília, do encerramento do Projeto Paciente Seguro, iniciativa que busca soluções para a prevenção de eventos adversos e a melhoria da segurança dos usuários dentro de hospitais públicos.

O encontro, realizado nos dias 28 e 29 de novembro, reuniu os 15 hospitais participantes, que puderam compartilhar resultados e aprendizados obtidos ao longo do projeto, entre 2016 e 2017. Um levantamento feito em setembro deste ano apontou média de 33% de redução na taxa de quedas de pacientes e 15% nos índices de lesão por pressão (feriadas conhecidas popularmente como escaras, causadas pelo tempo de internação), metas prioritárias entre os pontos trabalhados.

No HU-UFGD, especificamente, a principal meta foi a redução do índice de lesão por pressão na UTI Adulto, que no mês de novembro atingiu taxa zero. Em outros setores, como a UTI Pediátrica, a Clínica Médica e a Farmácia, também foram implantadas metas que vêm sendo continuamente trabalhadas para que se tornem práticas institucionalizadas.

Experiências

“O Projeto Paciente Seguro nos trouxe uma visão de que não é preciso grandes investimentos quando se tem vontade e foco, além de ferramentas de melhorias. Os modelos de melhorias usados pelo Institute for Healthcare Improvement (entidade que direcionou os treinamentos), nos possibilitaram ver que é possível a assistência segura e sem eventos adversos no âmbito do SUS.

Queremos um paciente seguro aos cuidados prestados. Incrível a participação de todos no hospital. Muito do sucesso se dá pela participação dos profissionais em alcançar as metas propostas, desenvolvendo um olhar em busca da segurança do paciente”, afirma a enfermeira Angela Mendonça, coordenadora do projeto no HU-UFGD e do Núcleo de Segurança do Paciente da instituição.

Para a enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HU-UFGD, Graciela Bet, o projeto trouxe o direcionamento de que o hospital precisava. “Proporcionou estratégias de mudança que não conhecíamos, que facilitaram em muito o início da implantação de cada meta de segurança do paciente”, relata.

No mesmo sentido, o enfermeiro Fuad Mahmoud, também da CCIH, acrescenta que com as novas rotinas houve melhora da qualidade da gestão em segurança do paciente, em função da definição de prioridades e da discussão coletiva de estratégias de intervenção.

“A oportunidade de termos com o projeto a iniciativa da mudança de processos, nos possibilita construir novos alicerces que visam a segurança no cuidado prestado aos nossos pacientes, fortalecendo o trabalho em equipe com ações e metas importantes que desfiam os profissionais a ter um novo olhar tanto assistencial quanto gestor”, elenca outra representante do HU-UFGD, a enfermeira Marcia Strassburger, que trabalha com a Tecnologia da Informação na saúde.

Paciente Seguro

O projeto é coordenado pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), que recebeu a demanda do Ministério da Saúde por intermédio do Escritório de Projetos do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), que permite o desenvolvimento de ações nas áreas de gestão, educação, assistência e pesquisa.

“É uma oportunidade celebrar as importantes conquistas. Estimular a sustentabilidade do trabalho e avançar nas perspectivas futuras. Todos avançaram e houve uma grande mobilização dos profissionais em prol da segurança do paciente. Temos muito orgulho do trabalho desenvolvido”, ressalta a coordenadora do Projeto Paciente Seguro, Elenara Ribas.

Entre as instituições que integram o programa, estão hospitais públicos e filantrópicos, sendo que os requisitos são: possuir mais de 100 leitos, dispor de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), realizar procedimentos de alta complexidade e ser referência regional. No Centro-Oeste, além do HU-UFGD, foi selecionado o Hospital Regional da Asa Norte, de Brasília (DF).

Durante um ano e três meses de trabalho foram realizadas ações como produção de materiais educativos, formação de profissionais com competências para executar Ciclos de Melhoria Contínua nos hospitais, integração das instituições participantes para promover a troca de experiências e aprendizado, além da educação de usuários do SUS.

O evento de encerramento contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde, das Secretarias Estaduais de Saúde dos estados participantes, dos Hospitais de Excelência, do Comitê de Implantação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, além de especialistas do Hospital Moinhos de Vento e convidados.

Segurança do paciente

O tema diz respeito a um conjunto de medidas que devem ser desenvolvidas, aprimoradas e aplicadas em todas as unidades de saúde para que o paciente não sofra incidentes adversos durante seu atendimento, situações que em todos os sistemas de saúde do mundo ocasionam elevada mortalidade.

Elencados pela Organização Mundial da Saúde, seis passos devem ser aplicados como metas para a minimização de riscos aos usuários: a correta identificação do paciente, a efetiva comunicação entre os profissionais de saúde, a melhoria da segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos, a realização de cirurgia segura em local, procedimento e paciente corretos, a higienização das mãos para evitar infecções e a redução do risco de quedas e lesões por pressão nos pacientes.

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