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G7 termina e não cita Amazônia em declaração final

Floresta brasileira provocou polêmica entre Macron e Bolsonaro

Trump e Macron, no G7 – Foto: EPA

Os países do G7 – França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Canadá, Japão, Estados Unidos e União Europeia – encerraram nesta segunda-feira (26) a cúpula em Biarritz, no território francês, onde os líderes debateram e chegaram a consensos sobre uma série de crises. Apesar da polêmica envolvendo a Amazônia, o governo francês e o presidente Jair Bolsonaro, os incêndios na floresta ficaram de fora do documento final.

Durante o encontro, o G7 prometeu disponibilizar US$20 milhões em caráter de emergência para serem utilizados em ações de combate aos incêndios na floresta brasileira. Além disso, os líderes concordaram em enviar aviões Canadair para prestarem apoio e a fazer um projeto para ajudar o reflorestamento, com auxílio da ONU.

O plano de longo prazo para também preservar a biodiversidade será apresentado durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro. A decisão foi vista como “excelente” pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e duramente questionada pelo presidente brasileiro.

As farpas trocadas entre o presidente da França, Emmanuel Macron, e Bolsonaro não ganharam força no G7, e a política de enfrentamento do líder francês não foi apoiada. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, por exemplo, não aprovou a ideia de Paris de engavetar o acordo Mercosul-UE por causa da política ambiental do brasileiro. O texto foi divulgado pela França, país sede da reunião, e traz decisões sobre a crise nuclear com o Irã, os protestos em Hong Kong, comércio internacional, o retorno da Rússia ao grupo, além de do conflito na Ucrânia e a guerra civil na Líbia.

Os compromissos foram firmados por todos os signatários: Emmanuel Macron (França), Angela Merkel (Alemanha), Justin Trudeau (Canadá), Boris Johnson (Reino Unido), Shinzo Abe (Japão), Donald Trump (Estados Unidos) e Giuseppe Conte (Itália).

Hong Kong

Na declaração final, os líderes pediram respeito ao status de autonomia de Hong Kong em relação à China e que violências sejam evitadas em meio à série de protestos que tem ocorrido na região a favor da democracia. “O G7 reafirma a existência e a importância da declaração sino-britânica de 1984 sobre Hong Kong e pede que evitem as violências”, afirma o documento.

Crise no Irã

Os participantes afirmaram no texto que concordam em alcançar dois objetivos em relação ao Irã: garantir que o país não produza ou compre armas nucleares, e promover a paz e a estabilidade no território iraniano. Além disso, um possível encontro entre Trump e o presidente do Irã, Hassan Rohani, poderá ser possível com a mediação de Macron.

O G7 foi marcado pela visita surpresa do ministro do Exterior iraniano, Mohammad Javaf Zarif, que foi debater o acordo nuclear abandonado pelos EUA.

Ucrânia

A declaração ainda diz que os membros do chamado Formato de Normanida, integrado por Rússia, Ucrânia, França e Alemanha, serão responsáveis pela organização de uma cúpula em setembro para discutir o conflito separatista no leste da Ucrânia, na tentativa de “alcançar resultados concretos”.

Guerra Comercial

O presidente norte-americano, Donald Trump, indicou a possibilidade de reduzir a escalada de tensões na guerra comercial com a China. Segundo o republicano, os dois países poderão retomar as negociações “em breve. Em relação à estabilidade no comércio global, o grupo firmou o compromisso de um “comércio aberto e justo”, além da intenção de reformar a Organização Mundial do Comércio.

Líbia

Os líderes do G7 apoiaram um cessar-fogo e uma solução política para o conflito na Líbia, que já matou quase três mil pessoas, segundo dados da ONU, em meio aos confrontos por poder entre os rebeldes liderados pelo general Khalifa Haftar e o Governo de União Nacional (GNA).

Rússia

Trump disse que está disposto a convidar a Rússia para a próxima edição da cúpula do G7 no ano que vem, que ocorrerá nos Estados Unidos. A expectativa é de que o grupo volte a ser G8. Os russos foram suspensos em 2014 por causa da anexação da Crimeia ucraniana. A ideia, no entanto, não é bem vista pelos outros membros.

Da AnsaFlash

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