Funcionários da Funsaud relatam experiências e pedem mudanças

Audiência pública foi realizada nesta terça-feira (22) – Foto: Assessoria

Vereador Ishy lembrou que a população também é afetada pela falta de estrutura e qualidade de trabalho dos servidores

A Audiência Pública com o tema “Funsaud: avanço ou retrocesso?” foi realizada na última terça-feira (22) e contou com vários relatos de experiências, além de um extenso debate sobre a situação da instituição, que gerencia o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Foram narradas por funcionários às condições de trabalho, desde a parte estrutural, passando pela psicológica até a financeira.

Os profissionais relataram falta de materiais, insumos, a preocupação com a exposição a doenças, além de que estão sem aumento salarial há quatro anos e sem FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). “Se apertamos, dizem que vai virar OS [Organização Social] ou que vamos ser transferidos de setor”, afirmou uma funcionária do HV. “Meu salário é de fome [R$ 1.100,00]. Faço hora extra e tem gente que pergunta: você mora na UPA? Sim, preciso sobreviver”, diz outra.

Os trabalhadores e trabalhadoras estampavam ainda em camisetas a frase: “promessa é dívida, estatutários já”, pedindo pela valorização dos servidores que entraram em um concurso com a expectativa de estabilidade e progressão, mas atualmente passam por dúvidas, angústias e insegurança, como apresentado em várias falas durante o evento.  O vereador Elias Ishy (PT), lembrou que a população também é afetada pela falta de estrutura, qualidade de trabalho para os servidores e a importância de entender que cada Poder tem sua função. “A do legislativo é fiscalizar, do Executivo é fazer gestão”, diz ele.

Segundo a secretária Berenice Machado, os profissionais precisam acreditar, pois a “Funsaud tem jeito e a mudança virá”. O parlamentar sugeriu como encaminhamento uma audiência com a prefeita, Delia Razuk (PTB), para confirmar o envio de um Projeto de Lei, que é de responsabilidade e prerrogativa da prefeitura, com a modificação de regime, de celetista para estatutário. Os representantes do legislativo municipal endossaram a fala da vereadora Daniela Hall (PSD), que o PL, estando formalmente e legal, se comprometem na votação para aprová-lo.

O evento contou com a presença da defensora pública Mariza de Fátima Gonçalves, de entidades como a Comissão de Saúde da OAB de Dourados, bem como outros legisladores, como o presidente da Comissão de saúde da Assembleia Legislativa, Renato Câmara.  Segundo a advogada, é necessário pedir um estudo técnico para a UPA e o HV e, de acordo com o deputado, precisa ser realizada uma auditoria na Funsaud e o Estado deveria ser envolvido na intervenção.

“Vamos continuar trabalhando em um movimento crescente chegando ao Governo do Estado e Federal”, afirmou Ishy. Segundo ele, todas as informações da Audiência serão encaminhadas ao Ministério Público Estadual e do Trabalho para avaliação. Além disso, a gravação da atividade está disponível no canal da Câmara no Youtube e uma ATA será publicada em Diário Oficial.

A proposta da Audiência foi da Comissão de Saúde da Câmara, da qual fazem parte o vereador Ishy – presidente, Daniela – vice e Juarez de Oliveira (MDB) – membro.

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