
Ampliar o nível de governança da Rota Bioceânica e avançar em temas como questões aduaneiras, infraestrutura e logística são alguns dos objetivos do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, que participa, junto com o vice-governador, José Carlos Barbosa, do VII Foro de los Territorios Subnacionales del Corredor Bioceánico de Capricornio, realizado em San Salvador de Jujuy, na Argentina, de hoje até sexta-feira (10).
O encontro conta também com a presença do secretário executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, e da coordenadora do Corredor Bioceânico, Danniele Paiva. O evento reúne autoridades dos quatro países que integram a rota — Brasil, Paraguai, Argentina e Chile —, além de representantes do setor privado, da academia e de organizações da sociedade civil.
Verruck, que participou nesta quarta-feira (8) da abertura do VII Encontro do Corredor e de reunião com os governadores do Fórum, destacou que estão sendo debatidas as questões alfandegárias, logísticas e de infraestrutura, bem como os avanços e desafios da Rota. Os temas das comissões técnicas foram previamente construídos em reuniões de trabalho com os subgovernos que integram o Foro, entre eles o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc.
O Fórum também avalia o Plano Mestre Regional de Integração e Desenvolvimento do Corredor Bioceânico de Capricornio (PM-CBC), que busca fortalecer a articulação entre governos e definir os próximos passos para ampliar a integração logística e comercial entre os quatro países.
Para o secretário, o Foro é um espaço fundamental de diálogo. “A ideia hoje é dar continuidade ao nível de governança que temos na Rota, que é este Fórum de Governadores, onde as principais decisões são tomadas. Tanto para que se possa olhar a questão das prefeituras e dos municípios, quanto dos governos centrais. Vamos debater principalmente a questão da alfândega, onde queremos avançar, o desenvolvimento de pequenos negócios, a integração econômica e o comércio intrarregional. A meta é que a Rota se torne não apenas um corredor, mas um eixo de desenvolvimento para toda a região”, concluiu Verruck.
Avanços da Rota Bioceânica
Atualmente a Ponte Internacional entre Porto Murtinho (Brasil) e Carmelo Peralta (Paraguai), com 1.294 metros de extensão e 21 metros de largura, já atingiu 80% de execução e deve ser entregue no segundo semestre de 2026. O trecho brasileiro de 13,1 km de acesso à ponte também está com as obras aceleradas.
A previsão é que o fluxo inicial da rota seja de aproximadamente 250 caminhões por dia, ampliando-se à medida que o corredor se consolide.
No Paraguai, segue em andamento a pavimentação de 225 km da rodovia Mariscal Estigarribia–Pozo Hondo, com financiamento de US$ 354 milhões do banco Fonplata.
No total, a Rota Bioceânica ligará o Centro-Oeste brasileiro ao Norte do Chile, passando por Paraguai e Argentina, reduzindo o tempo de exportação de produtos brasileiros ao Pacífico em cerca de 17 dias.