
A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) abriu na terça-feira, 25, e encerrou na quarta-feira, 26, o Encontro Estadual de Aposentadas e Aposentados. Foi o primeiro evento do gênero realizado pela entidade, cuja diretoria é ocupada pelo mesmo grupo há mais de sete anos. O ineditismo do evento causou estranheza e celebração no meio da categoria.
Quem estranhou argumenta que a iniciativa já deveria ser tradicional, mas só aconteceu agora, quando faltam apenas quatro meses para a eleição da nova diretoria da Federação. E quem celebrou se justifica saudando o fato de, enfim, ter sido lembrado pelos dirigentes. No entanto, o Encontro Nacional de Aposentados já chegou à sua 11ª edição, encerrada no dia 12 deste mês em Bento Gonãlves (RS), com a presença de diretores da Fetems.
Para o professor Joaquim de Oliveira Neto, que é pré-candidato à presidência da Fetems, não há como ignorar o que classifica de “incrível coincidência”, depois de tanto tempo no poder a diretoria lembrar-se só agora dos aposentados, estando muito perto da disputa eleitoral. “Porém, o que mais importa é que as aposentadas e os aposentados estão sendo vistos e ouvidos, após tantos anos sem o devido reconhecimento”, afirma.
Desafios internos – Segundo o Professor Joaquim, a Federação peca por minimizar ou ignorar alguns desafios internos de gestão, como no caso dos aposentados e aposentadas. “Esta observação vale para outros segmentos da categoria, como os convocados e os administrativos, por exemplo”, ressalta. Ele assegura que quando começar a campanha vai propor e debater com todos os professores e professoras, sem distinção, medidas de transparência e participação democrática na gestão da entidade.
Durante o encontro, realizado na sede da Fetems, Joaquim conversou com diversos colegas da Capital e do interior, posou para fotos e destacou sua preocupação com as garantias de lisura no processo eleitoral. Em vez de criticar o evento, apenas estranhou seu ineditismo, comparando ocasiões e datas para sua realização sem oferecer qualquer estranheza ou suspeita de relação com interesses eleitorais.
“Nestas conversas, a principal reclamação que ouvi confirmou aquilo que me preocupa muito: a categoria está sendo muito mal-atendida pela sua própria entidade sindical”, revela o Professor Joaquim. A pré-candidatura do Professor Joaquim avança, reforçada pelo compromisso com a melhoria do atendimento interno às várias demandas da categoria, desde as questões de previdência, aposentadoria e assistência jurídica aos temas sobre política de ensino, atividade sindical, apoio aos Sinteds (sindicatos municipais), defesa de concurso público, efetivação de contratados, pautas salariais e a valorização profissional”, acrescenta o pré-candidato. A eleição caminha para uma disputa polarizada entre o Professor Joaquim e a vice-presidente Deumeires de Moraes, cuja campanha está nas mãos do atual presidente, Jaime Teixeira, que a indicou na esperança de fazê-la sua sucessora.