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Exportação de industrializados de MS registra alta de 21% e passa de US$ 1,12 bilhão

‘Grupo Celulose e Papel’ é um dos grandes responsáveis por esse bom desempenho com receita de US$ 575 milhões no período – Divulgação

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresenta alta de 21% no 1º quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado e já acumula saldo de US$ 1,12 bilhão contra US$ 927,20 milhões de janeiro a abril de 2017, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Na comparação de abril de 2017 com abril deste ano, a receita com a exportação de produtos industriais registrou crescimento de 17%, saindo de US$ 235,88 milhões para US$ 275,18 milhões.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, o montante obtido no mês de abril é o melhor resultado registrado para o mês nos últimos quatro anos. “Quanto ao volume exportado, na comparação mensal, tivemos aumento de 14%, enquanto na comparação anual registramos aumento de 25% em relação a 2017. Já em relação à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 52% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, sendo que no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação ficou em 65%”, analisou.

Ainda de acordo com ele, os grandes responsáveis por esse bom desempenho continuam sendo os grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Couros e Peles” e “Açúcar e Etanol”, que, somados representaram 98,1% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior. No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 575 milhões, crescimento de 72% comparado com a somatória de janeiro a abril de 2017, dos quais 97,4% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 560 milhões).

Os principais compradores foram a China, com US$ 290,824 milhões, Itália, com US$ 65,6 milhões, Holanda, com US$ 58,3 milhões, Estados Unidos, com US$ 33,8 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 19,2 milhões. “Demanda aquecida e preços em alta, tanto no mercado doméstico quanto internacional, devem seguir ajudando os resultados dos produtores brasileiros de celulose e papel no segundo trimestre. No caso da matéria-prima, um reajuste de até US$ 20 por tonelada para abril já começou a ser aplicado e restrições de oferta, principalmente na Europa, poderão abrir espaço para novo aumento”, informou Ezequiel Resende.

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida na soma de janeiro a abril deste ano foi de US$ 309,2 milhões, uma elevação de 4% na relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 34% do total alcançado são oriundos das carnes bovinas desossadas congeladas, que totalizaram US$ 105,2 milhões. Para esse grupo, os principais compradores foram Hong Kong, com US$ 71,2 milhões, Chile, com US$ 42,9 milhões, Arábia Saudita, com US$ 21,7 milhões, China, com US$ 20,6 milhões, e Irã, com US$ 17,5 milhões. “Para 2018, a demanda interna deverá apresentar sinais de melhora com a recuperação da renda real da população e da melhora do mercado de trabalho. Os preços do boi, no entanto, seguem contidos por conta da concorrência com as carnes suína e de frango. Exportações deverão se manter em expansão no ano, refletindo a demanda internacional aquecida”, ressaltou o economista.

Outros grupos

O grupo “Extrativo Mineral” aparece em terceiro com melhor desempenho, tendo uma receita de US$ 85,5 milhões no período analisado, aumento de 53% comparado com a somatória de janeiro a abril do ano passado, sendo que 80,8% desse montante foi alcançado pelos minérios de ferro e seus concentrados, que somaram US$ 53,6 milhões. Nesse grupo, os principais compradores foram Argentina, com US$ 45,8 milhões, e Uruguai, com US$ 36,1 milhões.

“Produção da indústria extrativa vem registrando crescimento, puxada pelo incremento das exportações. Investimentos em minério de ferro vinham desacelerando nos últimos anos, refletindo o excesso de oferta global e consequentemente, preços menos atrativos. Mesmo assim, a produção global será crescente com a entrada de projetos na Austrália e aceleração da produção no Brasil”, detalhou Ezequiel Resende.

Os outros grupos que também apresentaram crescimento nos três primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado foram “Óleos Vegetais” e “Couros e Peles”, que tiveram altas de 138% e 41%, respectivamente. O grupo “Óleos Vegetais” obteve receita de US$ 60,5 milhões e os principais produtos vendidos para o exterior foram farinhas e pallets, com US$ 49,8 milhões, tendo como principais países compradores desses produtos a Tailândia, com US$ 33,4 milhões, Indonésia, com US$ 14,3 milhões, Holanda, com US$ 5,5 milhões, Espanha, com US$ 3,5 milhões, e Vietnã, com US$ 3 milhões.

“O Brasil exportou 1,55 milhão de toneladas de farelo de soja em abril, o maior volume dos últimos 11 meses e um recorde quando considerados apenas os meses de abril. Esta quantidade representa aumento de 17,3% em relação às vendas de março e de 16,9% frente ao embarcado em abril de 2017, segundo dados da Secex”, pontuou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

O grupo “Couros e Peles” obteve US$ 37,7 milhões e os principais produtos vendidos foram outros couros e peles não divididos de bovinos, com US$ 19,4 milhões, e outros couros e peles inteiros, divididos de bovinos, com US$ 8,3 milhões, tendo como principais compradores a China, com US$ 17,2 milhões, Itália, com US$ 10,2 milhões, e Vietnã, com US$ 2,2 milhões).

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