Esperanto, lingua universal, por João Baptista Herkenhoff

João Baptista Herkenhoff é Juiz de Direito aposentado (ES) e escritor- Foto: Lidia Neves/Ufes

Ontem, quinze de dezembro, foi o Dia do Esperanto.

Escrever sobre este tema emociona-me porque, na adolescência, em Cachoeiro de Itapemirim, integrei um grupo de jovens que cultivava o Esperanto.

Em outra cidade do interior isto talvez fosse espantoso, mas não em Cachoeiro, um pedaço de chão que sempre cultivou a Poesia, o Sonho, os Grandes Ideais.

Cachoeiro não é uma cidade qualquer, é a cidade guardada pelo Itabira.

“Itabira, ídolo de minha terra, de belezas raríssimas e estranhas, altivo a dominar serra por serra, toda a vasta amplitude das montanhas. É um esguio pedaço de granito que de conformação de um dedo parece indicar que no infinito existe algum mistério, algum segredo.” (Benjamim Silva).

Mas voltemos ao Esperanto.

O Esperanto é uma lingua artificial criada pelo sábio polones Ludwig Lazar Zamenhof, por volta de 1887.

Foi concebida com a pretensão de ser uma língua de comunicação internacional.

Possui gramática muito simples e regular e utiliza as raízes das línguas européias mais faladas, além de raízes latinas e gregas.

Cerca de 100 mil pessoas falam Esperanto no planeta.

Na visão de Zamenhof, a adoção de uma língua única pela humanidade seria uma solução para a desarmonia entre as nações.

O Esperanto não pertence a nenhuma nação e pertence a todas as nações.

A proposta do Esperanto é que cada povo continue a falar sua língua e use o Esperanto nas comunicações internacionais.

Aprender Esperanto é muito mais fácil e rápido do que aprender Inglês, ou qualquer outro idioma.

Nesta última década, graças aos avanços tecnológicos no campo da comunicação, fortaleceu-se o movimento esperantista mundial, como uma verdadeira renascença.

A vida esperantista ficou mais dinâmica.

Projetos antigos foram reativados e novos projetos apareceram.

Alguns projetos extremamente eficazes fortalecem o vínculo do Esperanto no mundo virtual.

Em função dos instrumentos de que dispomos e da força atual do movimento esperantista, principalmente na internet, podemos inferir que os próximos anos trarão uma enorme oportunidade de divulgação do Esperanto no mundo.

No Brasil esperantista, essa oportunidade torna-se maior em face de eventos internacionais que acontecerão em nosso país nesta década.

Diante dessa grande oportunidade, os esperantistas brasileiros devem unir esforços para realizar um trabalho conjunto.

Não é impossível que, na próxima década, o Esperanto seja conhecido por uma boa parte da população de nosso país.

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