Escola Joaquim Murtinho mantém Muro da Solidariedade para doação de roupas e agasalhos

Cabide da Solidariedade na escola Joaquim Murtinho pode receber peças de roupa, agasalhos e brinquedos de quem quiser doar – Foto: A. Frota52

Projeto de escola municipal incentiva a solidariedade e alunos abraçam a causa, que já dá o que falar em Dourados

“Quem precisa, pegue. Quem não precisa, doe”. Esta é a frase marcante no muro da escola municipal Joaquim Murtinho, no centro de Dourados, pintado e preparado para receber doações de agasalhos e brinquedos e ser canal de benefício a quem precisa. A dinâmica é simples: o muro tem ganchos para colocação de roupas e agasalhos doados por alunos, pais de alunos, professores e comunidade em geral, doações que lá ficam, até que alguém que precise das peças as apanhe.

Ápice de um trabalho pedagógico da instituição municipal de ensino, intitulado Solidariedade Sustentável, a iniciativa já está dando o que falar e veio para quebrar paradigmas e tabus, com o fomento à criação de um caráter solidário nos alunos, mas principalmente, o de que é normal e bastante salutar que pessoas com mais condições ajudem quem precisa. “A criança não nasce preconceituosa ou egoísta. Portanto, estamos buscando a formação deste caráter solidário nelas”, disse a diretora da escola, professora Jailza Ramos.

Em 2018, foram 25 dias de gincanas e projetos para arrecadação de alimentos, de bens de necessidade primária e de agasalhos, doados em um primeiro momento a seis instituições no dia do lançamento da campanha ‘Solidariedade no Cabide’, que é o muro com os respectivos ganchos e cabides.

“Este projeto começou com a ideia da sustentabilidade. Este ano resolvemos implantar o ‘quesito’ solidariedade, para criar no coração das crianças um caráter de ajuda, de contribuição mútua. A instituição do muro como local para doar e para receber, marcou o ponto alto e tem sido uma ação que recebe apoio e elogios”, disse a diretora.

Com o intuito de promover o caráter filantrópico nas crianças de 4 a 10 anos que estudam na escola nas séries iniciais até o 5° ano, o projeto rompeu barreiras e, segundo a diretora, agora é visto como a quebra de tabus. “É um projeto que apresenta grandes resultados com o envolvimento da comunidade escolar e a propagação à sociedade. Estamos muito felizes com esta propagação e ansiosos para que a iniciativa tome maior proporção, envolvendo outras escolas, outras instituições”, disse Jailza.

A diretora conta que já foi perguntada sobre o risco de ocorrer roubo ou alguém que não necessite pegar as peças. Ela ressalta que o primeiro objetivo é o de fomentar a doação, a preocupação com o próximo e que, se isto estiver reforçado, é certo que estas possibilidades não serão problema. “Fui perguntada sobre isso. Mas se ocorrer, é algo entre aquela pessoa que praticou e sua consciência”, disse.

A pretensão é que a ideia do muro permaneça e crie outras iniciativas iguais ou parecidas. Esta semana, um cidadão que passou pela escola admirou a iniciativa, gravou um vídeo e propagou a ideia. Outras instituições procuraram a diretoria para a possibilidade de repetir a ação e, ainda, pessoas que precisam já foram vistas colhendo roupas e se aquecendo. “Isto é gratificante”, finalizou a diretora.

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