Equipe de robótica da Escola do Sesi de Corumbá inicia participação em torneio no DF

A equipe “Tupinambótica”, que está participando do Torneio de Robótica FIRST Lego League – Assessoria

Com um tijolo feito de materiais sustentáveis, a equipe de robótica da Escola do Sesi de Corumbá iniciou, nesta sexta-feira (07/02), em Brasília (DF), a participação na fase regional do Torneio de Robótica FIRST Lego League (FLL), que prossegue até este sábado (08/02). Neste ano, o tema é “City Shaper”, que dá aos estudantes o poder de ajudar a construir cidades cada vez melhores.

A equipe “Tupinambótica” começou a desenvolver o projeto “Adoblocks” em março do ano passado e a ideia é criar um tijolo feito de terra crua de cor clara, fibras naturais (palha), citronela, uma espécie de repelente natural que espanta insetos atraídos pela palha, além de água, cal e pó de pneu. Por ter menor custo, o tijolo feito de materiais sustentáveis poderá beneficiar a população de baixa renda.

A professora Ellen dos Santos, que é a técnica da equipe “Tupinambótica”, explica que os estudantes retiraram os pneus que são descartados de forma inadequada e executaram todo o processo de triturar e separar o pó para dar mais flexibilidade e isolamento acústico e térmico ao tijolo.

“Isso para colocar em todos esses materiais, misturar, moldar e secar naturalmente. Com essa técnica de não levar o tijolo ao forno, conhecida como adobe, os alunos também evitam a emissão de monóxido de carbono, substância tóxica que sai na fumaça no momento da queima e apontada pela OMS como causadora de problemas respiratórios, por exemplo”, disse Ellen dos Santos.

Segundo a professora, a ideia é tornar o tijolo mais acessível à população de baixa renda, pois, mil unidades de tijolos convencionais em Corumbá custam, em média, R$ 900,00 e a mesma quantidade do tijolo sustentável custaria metade desse valor.

O aluno Guilherme Beckman, 12 anos, contou que foi entre pesquisas e testes de resistência do protótipo que ele e os colegas Luiz Miguel Ferreira,13 anos, Mirella Pedrosa, 13 anos, e Matheus da Silva, 13 anos, descobriram as variáveis que provocam rachaduras na estrutura em prédios de Corumbá. “Esse problema ocorre pelas temperaturas elevadas, o solo raso em nossa região, a dificuldade de pessoas do campo e de baixa renda de adquirirem material de construção”, falou.

O torneio

O Torneio de Robótica First Lego League, que faz parte de um programa internacional de exploração científica que promove o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática no ambiente escolar por meio de atividades lúdicas, desafia estudantes a buscarem soluções para problemas do dia a dia da sociedade moderna. Os temas são diferentes a cada temporada e, neste ano, os times terão que apresentar soluções inovadoras para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e prédios. Podem participar estudantes de 9 a 16 anos de idade, de escolas públicas e particulares. Cada equipe pode ter de 2 a 10 competidores, com dois treinadores adultos. Ao todo são 100 equipes competindo.

Os alunos precisam trabalhar em sintonia tendo como base valores como respeito, ganho mútuo e competição amigável. Seguindo regras feitas especificamente para cada temporada, eles constroem robôs baseados na tecnologia LEGO Mindstorm, que devem ser programados para cumprir uma série de missões.

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