Essas crianças receberam a doação de 1.900 litros de leite materno. A informação vem de levantamento da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.
Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH), da Fiocruz, Mato Grosso do Sul já cadastrou mais de 1,5 mil mães doadoras de leite materno, de janeiro a abril deste ano. E uma delas é a copeira Eliane da Silva Faria, de 42 anos. Ela é mãe de duas filhas, a Ana Júlia, de 17 anos, e a Alícia, de quatro meses. Na primeira maternidade, ela diz que não doou seu leite por falta de incentivo.
Mas após o nascimento da Alícia, as mamas de Eliane incharam muito durante o começo da maternidade. Foi quando ela começou a doar seu leite para esvaziar os peitos e não sentir dores com as mamas cheias.
“Comecei a doar e gostei. Nossa! É tão bom para mim quanto para a maternidade que eu estou doando meu leite. A mama que a neném não conseguia sugar, eu massageava e já retirava o leite num pote de vidro para o banco de leite humano. Então eu não passei apuros. Quanto mais você doa, mais leite você tem. A neném está com quatro meses. Eu vou voltar a trabalhar e vou levar o vidro comigo para o serviço. Porque o meu peito vai encher, e eu vou coletar lá no meu trabalho para não passar apuros com a mama cheia”, disse.
Ainda segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, em 2019, o Mato Grosso do Sul registrou a coleta de mais de 1.900 litros de leite materno. O levantamento ainda mostra que mais de 2.600 bebês receberam leite humano doado no mesmo período.
Apenas um litro de leite materno pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. Essa é uma das principais informações do Ministério da Saúde, que faz a nutricionista Camila Rodrigues Pacheco, do Banco de Leite Humano do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, chamar a atenção para novas mães começarem a doar leite materno também.
“As mães que estão com os seus bebês saudáveis e que estão com excesso de leite materno, elas têm que lembrar que, nas UTIs neonatais, tem muito bebê que precisa desse leite, porque a mãe ainda não está produzindo. Elas podem ligar no banco de leite humano mais próximo delas. E aí, cadastramos essas mães, pedimos exames, e vamos até a casa delas, para coletar esse leite. Precisamos muito de novas doadoras”, enfatiza.
Então, agora você já sabe, mãe. O seu leite pode fazer a diferença no desenvolvimento de bebês prematuros ou de baixo peso internados em unidades neonatais.
O Banco de Leite Humano do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, onde a nutricionista Camila trabalha, é um dos quatro bancos e postos de coleta de leite humano do Mato Grosso do Sul. Se quiser ir até a unidade, fica na Avenida Senador Filinto Muler, em Campo Grande. Mas você também pode entrar em contato pelo número (67) 3345-3027.
Doe leite materno, alimente a vida. Para mais informações, acesse: https://www.saude.gov.br/doacaodeleite