Em Campo Grande, álcool em gel chega a custar quase R$ 27

Alta no preço está relacionada ao surto de coronavírus

Alguns produtos não fazem parte das compras mensais dos consumidores. Este era o caso do álcool em gel, que há mais de 10 anos havia deixado de ser tão importante para as pessoas, assim que o surto de H1N1 foi controlado.

Com o surto de coronavírus, que agora foi classificado como uma pandemia, é normal que o item de consumo sazonal se torne uma prioridade. A consequência disso é um aumento no preço do álcool em gel, que pode ser encontrado no mercado a quase R$ 27.

Lei da oferta e da demanda

O álcool em gel é um produto que ajuda a manter as mãos e os braços esterilizados. Até pouco tempo, era procurado, apenas, por aqueles que trabalham em hospitais, e oferecido em locais com aglomeração de pessoas. Ainda era uma forma de incentivar hábitos de higiene e prevenir surtos de gripe, especialmente nas épocas mais frias do ano.

No entanto, a situação mudou assim que surgiram os primeiros casos de coronavírus no Brasil. As pessoas voltaram a buscar o produto como uma forma de se proteger e evitar o contágio.

O resultado dessa alta na procura é o aumento dos preços, tanto que uma pesquisa feita em Campo Grande mostra que o álcool em gel já pode ser encontrado por até R$ 26,40, dependendo do local em que é vendido. O mesmo acontece com as máscaras respiratórias, que também são utilizadas como uma forma proteção.

A explicação é bastante simples e envolve a lei da oferta e da demanda. Antes do surto de coronavírus, existia uma demanda fixa pelo álcool em gel. Quando a OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciou a possibilidade de uma pandemia e confirmou os primeiros casos brasileiros, houve um aumento na procura pelo produto, mas a oferta não mudou.

Com estoques mais baixos, e sabendo que a população está em busca deste item, foi necessário subir os preços. A ideia é fazer com que as pessoas não façam estoque de álcool em gel e só comprem o produto na quantidade que for realmente necessária.

Casos suspeitos em Campo Grande

Até o momento, foram identificados nove casos suspeitos de coronavírus em Campo Grande, no entanto, nenhum confirmado. Apesar disso, muitas pessoas já se preocupam com a possibilidade de o vírus ter chegado até a cidade.

Assim, foi natural essa busca desesperada por álcool em gel e máscaras respiratórias, mesmo que ambos os produtos não sejam obrigatórios ou estritamente necessários.

A própria OMS recomenda que as mãos sejam lavadas com frequência, locais sejam fechados e o contato com pessoas que estiveram em regiões que têm casos confirmados da doença seja evitado.

Orientação à população

Em casos como uma pandemia, uma tendência da população é estocar produtos, especialmente, os ligados a higiene e que podem, de alguma forma, proteger contra a doença.

Não apenas no Brasil como em outras partes do mundo foi observado um aumento na procura por determinados itens. Apesar disso, não é recomendado fazer estoque de álcool em gel, máscaras ou qualquer outro item.

O ideal é que cada pessoa compre apenas o que for necessário para uso pessoal e familiar, para que as farmácias tenham tempo de repor os estoques. Como ainda não há novidades sobre uma vacina e, oficialmente, foi decretada uma pandemia, é natural que o álcool em gel passe a ser um produto de uso diário e essencial.

Assim, as fábricas irão aumentar sua produção e, em breve, os estoques nas lojas serão normalizados, com o item sendo vendido a preços mais baixos. Se houver cautela na compra, será possível pagar menos pelo produto. De qualquer forma, a orientação do Procon, além de não fazer estocagem, é de pesquisar os preços antes de efetuar a compra.

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.