Especializações e uma segunda graduação ajudam no crescimento profissional
A forma tradicional de ensino, com salas e carteiras, pode estar desgastada. A educação a distância, modalidade na qual os alunos estudam por meio de um computador com acesso à internet, tem crescido no Brasil. É o que revela o Censo da Educação Superior 2016, último levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Se, no ensino presencial, houve uma queda de 3,7% no número de alunos em 2016, aconteceu exatamente o oposto com os cursos a distância. No caso da EaD, o aumento no número de estudantes ficou na casa dos 21,4%. Na graduação presencial, eram 2.225.663 matrículas em 2015. No ano seguinte, esse contingente caiu para 2.142.463.
Quem deseja se especializar, mas trabalha durante o dia, dificilmente consegue comparecer a um polo de ensino presencialmente para frequentar as aulas. Por isso, opta por fazer uma primeira ou até uma segunda graduação por meio da internet. A flexibilidade de horários é um grande trunfo nesse sentido, já que o estudante tem prazos a serem cumpridos, mas tem uma maior facilidade de montar seus horários de aprendizado.
O custo também por vezes é um fator importante – e até decisivo. Os valores de um curso a distância são, normalmente, mais acessíveis do que os presenciais. Para quem não tem condições de frequentar a sala de aula, seja por questões de mobilidade ou por falta de tempo, é uma boa alternativa. A dificuldade de locomoção também faz com que os cursos de graduação virtuais sejam procurados por muitas pessoas com deficiência.
As aulas, no entanto, exigem muita disciplina do estudante. O ambiente virtual depende da instituição de ensino que oferece o curso, mas normalmente possui ferramentas de fórum para interação com os alunos, videoaulas, materiais de apoio e espaço para atividades e tira dúvidas com tutores.
O curso de graduação a distância precisa ter autorização prévia do Ministério da Educação (MEC), que avalia a instituição com base em critérios específicos, como disponibilidade de laboratórios e equipamentos de forma presencial. No ano passado, houve uma flexibilização nesses termos, o que fomentou a criação de novos cursos.