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Desemprego chega a 14,6% e atinge 14,1 milhões de brasileiros, maior patamar desde 2012

Pesquisa do IBGE aponta que Brasil tinha 14,1 milhões de pessoas desocupadas no trimestre encerrado em setembro deste ano

Brasil perdeu 11,3 milhões de postos de trabalho em um ano, segundo o IBGE – Divulgação

A taxa de desocupação chegou a 14,6% no trimestre encerrado em setembro, atingindo o maior patamar da série histórica, que começou em 2012, de acordo com Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As informações são do R7.

Na prática, 14,1 milhões de pessoas estavam fora do mercado de trabalho no período. Segundo o IBGE, esta população aumentou 10,2% frente ao segundo trimestre do ano, quando havia 12,8 milhões de desempregados, e 12,6% em comparação ao terceiro trimestre de 2019, com 12,5 milhões.

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, afirma que o aumento na taxa de desemprego reflete a flexibilização das medidas de isolamento social para controle da pandemia de covid-19.

“Houve maior pressão sobre o mercado de trabalho no terceiro trimestre. Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação”, disse.

A população ocupada chegou ao menor patamar da série histórica, com 82,5 milhões no mercado de trabalho. Houve queda de 1,1% (menos 880 mil) frente ao trimestre anterior e 12,1% (menos 11,3 milhões) frente ao mesmo trimestre de 2019.

Perfil dos desocupados

As mulheres foram as mais afetadas pelo desemprego: a taxa de desocupação para elas foi 16,8%, frente a 12,8% para homens.

A taxa dos que se declararam brancos (11,8%) foi menor do que a média nacional, enquanto as dos pretos (19,1%) e dos pardos (16,5%) ficaram acima. Considerando as idades, o desemprego foi mais forte para os grupos de 14 a 17 (44,2%) e de 18 a 24 anos de idade (31,4%).

Além disso, a taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto ficou em 24,3%, superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 17,1%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (7,0%).

Os estados de Bahia, Sergipe e Alagoas registraram as taxas de desocupação mais altas do trimestre (20,7%, 20,3% e 20%, respectivamente).

Adriana afirma que houve alta na taxa em 10 estados e estabilidade nas demais. “Ou seja, nenhuma unidade da federação do país conseguiu mostrar uma retração dessa taxa no terceiro trimestre. Isso mostra que todos os estados tiveram, de alguma forma, o mercado de trabalho bastante afetado”, afirma.

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