DEM Mulher de MS anuncia realização de seminários para capacitar candidatas

Cida Gonçalves, Terezinha Bazé, vereadora Cida Amaral e Subsecretaria da Mulher, Giovana Correa – Divulgação

Giovana Correa Vargas, presidente estadual do DEM Mulher, participou do encontro “Elas Debatem Política- Democracia e Representatividade: A participação efetiva das mulheres na Política como garantia de Igualdade de gênero”, realizado na tarde de quinta-feira (19.09) no plenário do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS). Promovido pela Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica de Mato Grosso do Sul (ABMCJMS) com apoio da Escola Judiciária Eleitoral (EJE-MS) e do TRE, o evento reuniu perto de 125 pessoas.

O debate contou com a presença de mulheres de diversos segmentos, dentre elas magistradas, servidoras, advogadas, políticas, além de integrantes de diversas associações. Em debate, a representatividade feminina, o uso de cotas nos partidos e a estrutura partidária. Uma das palestrantes, a educadora e especialista em políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres e gestão pública, Cida Gonçalves, questionou como é usado os recursos enviados aos partidos para a formação de líderes femininas. “Nós precisamos ver onde é que está esse dinheiro, como ele está sendo investido. Os espaços de formação é para qualificar as mulheres a exercerem os cargos públicos dentro e fora dos partidos”, disse na palestra.

Para Giovana Correa, a preparação para as eleições vem antes do período de campanha. Ela ressalta a importância do evento “Elas Debatem Política” e adiantou a realização de encontros voltados para as futuras candidatas do DEM para o ano que vem. “O DEM Mulher já está começando a planejar a realização de seminários onde estará qualificando e preparando as mulheres para a política”, anuncia. A data da realização dos seminários ainda será definida, mas começarão pelo interior do estado no mês de outubro.

Além do apoio dentro dos partidos, as mulheres pedem por mais representatividade e conscientização da importância de ocupar os diversos espaços da sociedade.  Na eleição municipal de 2016, mais de 14 mil candidatos não receberam nenhum voto. Desse montante, 12 mil candidaturas eram de mulheres. Os dados mostram um forte indício de fraude, com o uso de nomes de candidatas apenas para cumprir a cota. Por lei, 30% das candidaturas devem ser destinadas para elas. Para a advogada Luciana Branco, integrante da Associação Brasileira das Mulheres de Carreiras Jurídicas, é preciso rediscutir a participação feminina nas eleições.  “Os partidos tem que cumprir a cota e pegam pessoas sem condições de sobressair porque não tem representatividade e pega o nome dela para ser candidata, mas assim a gente fica sem representatividade no parlamento. Ainda existe alijamento das mulheres nos espaços de poder”, destaca.

Foram palestrantes do encontro a Presidente da Associação Brasileira das Mulheres da Carreira Jurídica de Mato Grosso, Ana Emília Sotero; a educadora e especialista em Políticas de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e Gestão Pública, Cida Gonçalves; e debatedoras a juíza federal, Raquel Domingues do Amaral e a juíza de direito, Denize de Barros Dódero.

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