A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu na tarde desta quarta-feira (7) contra a decisão de transferir o petista de Curitiba para São Paulo.
Mais cedo, a juíza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela execução da pena de Lula, determinou que ele fosse transferido da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para uma unidade prisional de São Paulo, seu estado de origem.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, enviou uma petição ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federa (STF), com três solicitações: uma liminar para restabelecer a liberdade plena de Lula; ou a suspensão da eficácia da decisão de Carolina até o final do julgamento de habeas corpus. Caso nenhum pedido seja acatado, o advogado solicitou que ao menos o ex-presidente tenha o direito de permanecer em Sala de Estado Maior.
A transferência foi um pedido feito em 2018 pelo próprio superintendente da PF, Luciano Flores, que alega que a presença de Lula na sede de Curitiba altera a rotina do órgão. Lula está detido em Curitiba desde 7 de abril de 2018, em uma cela especial. A defesa e Lula e o PT se opõem à transferência e apontam riscos para a segurança pessoal do ex-presidente. Caso transferido, Lula pode cumprir sua pena em Tremembé, no interior de São Paulo, conforme determinado pelo juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, da Justiça Estadual de São Paulo.
Em Curitiba, o ex-presidente fica em uma sala separada com cama, banheiro privativo e uma mesa. Ele não tem contato com outros presos, mas recebe visitas de advogados, familiares e amigos. Nas redes sociais, a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que “a segurança e a vida do presidente Lula estarão em risco sob a polícia de João Doria”, referindo-se ao governador de São Paulo, da oposição.
Em resposta, Doria, do PSDB, rebateu: “Fique tranquila, ele será tratado como todos os outros presidiários, conforme a lei.
Inclusive, o seu companheiro Lula, se desejar, terá a oportunidade de fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar!”.
Da AnsaFlash