Home Manchetes

CPI vai solicitar informações sobre cumprimento de TAREs ao advogado da JBS

CPI recebeu nesta quarta-feira novo documento da JBS confessando que não cumpriu as exigências nas unidades I e II de Campo Grande - Foto: Wagner Guimarães
CPI recebeu nesta quarta-feira novo documento da JBS confessando que não cumpriu as exigências nas unidades I e II de Campo Grande – Foto: Wagner Guimarães

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Irregularidades Fiscais e Tributárias de Mato Grosso do Sul decidiu convocar o advogado da JBS para esclarecer se a empresa cumpriu, em alguma das unidades instaladas no Estado, as exigências previstas nos Termos de Ajuste de Regime Especial firmados com o Governo do Estado.

O requerimento para convocação foi aprovado durante reunião realizada nesta quarta-feira (23), após a CPI receber novo documento da JBS confessando que não cumpriu as exigências nas unidades I e II de Campo Grande.

O documento foi protocolado na terça-feira (22) pelo advogado José Wanderlei Bezerra Alves, motivo pelo qual a Comissão cancelou as visitas previstas para esta quarta-feira às unidades.

Na semana passada a JBS já havia confessado o descumprimento das exigências na unidade de Ponta Porã, o que levou ao cancelamento da vistoria no local.

Com a confissão referente as 3 plantas frigoríficas, o presidente da Comissão, deputado Paulo Corrêa (PR), afirmou que a CPI já tem as primeiras e mais importantes provas de que a empresa cometeu crimes contra o fisco do Estado e que o dinheiro tem que ser devolvido aos cofres de Mato Grosso do Sul.

“Somam-se R$ 135 milhões em prejuízos para o Estado, descobertos pela CPI, com notas ‘inventadas’, emitidas de JBS para JBS. Com a confissão, vamos pedir ao Governo que autue a JBS e que em cima disso possamos recuperar o dinheiro do imposto suado do Sul-Mato-Grossense”, disse Paulo Corrêa.

Análise dos TATEs

Durante a reunião o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa (PR) apresentou informações da análise dos TAREs e das notas fiscais. De acordo com ele, a Comissão iniciou a investigação no segundo Termo de Ajuste, firmado no Governo André Puccinelli, com cerca de 5 mil notas já fiscalizadas.

Com a assinatura deste TARE, acordado exclusivamente para a saída de bois vivos do estado, o chamado “boi em pé”, a JBS recebeu 75% de incentivos, mas não se comprometeu a fazer nenhum investimento no Estado. Além disso, fez exigência de se creditar de pelo menos 9% dos 12% de ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) pago pelos produtores rurais sob cada boi vendido para frigoríficos instalados fora do estado e pertencentes ao grupo JBS.

“A JBS se beneficiou de pelo menos 9% de ICMS, sem a exigência de nenhuma contraprestação de serviço, neste TARE, especificamente. A justificativa para isso era a guerra fiscal existente entre os estados na época. Por isso, agora, por sugestão desta CPI, publicou-se um decreto do Governador Reinaldo Azambuja, para que todo TARE passe pelo CDI (Conselho de Desenvolvimento Industrial), para evitar esse tipo de inconsistência”, explicou Paulo Corrêa.

Ele também destacou que das 5 mil notas do segundo TARE, já auditadas, muitas possuem irregularidades. “Essas notas apresentam inconsistências, a principal delas, notas repetidas, usadas mais de duas vezes, inclusive em TAREs diferentes”, afirmou.

Para a próxima quarta-feira (30) está prevista vistoria da Comissão no frigorífico da JBS em Cassilândia. Caso a visita seja cancelada, a comissão vai realizar reunião, as 15h30, no Plenarinho Nelito Câmara, Assembleia Legislativa.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Sair da versão mobile

Definição de Cookie

Abaixo você pode escolher quais tipos de cookies permitem neste site. Clique no botão "Salvar configurações de cookies" para aplicar sua escolha.

FuncionalNosso site usa cookies funcionais. Esses cookies são necessários para permitir que nosso site funcione.

AnalíticoNosso site usa cookies analíticos para permitir a análise de nosso site e a otimização para o propósito de otimizar a usabilidade.

Social mediaNosso site coloca cookies de mídia social para mostrar conteúdo de terceiros, como YouTube e FaceBook. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

AnúnciosNosso site pode utilizar cookies de publicidade para mostrar anúncios de terceiros com base em seus interesses. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

OutrosAlgum conteúdo publicado em nosso site pode incluir cookies de terceiros e de outros serviços de terceiros que não são analíticos, mídia social ou publicidade.