Diante da pandemia de coronavírus, o Palmeiras tomou medidas extraordinárias, entre elas reduzir os salários do elenco profissional. De acordo com o atacante Dudu, um dos líderes do grupo, o acordo para diminuir os vencimentos temporariamente envolveu um pedido dos atletas à diretoria para preservar os funcionários do clube.
“Estamos vendo alguns clubes mandando embora funcionários que ganham R$ 2 mil. A diretoria perguntou se a gente aceitaria diminuir o salário e falamos que sim, mas que não era para mandar os funcionários embora”, disse Dudu em entrevista à TV Bandeirantes nesta quarta-feira.
O Palmeiras reduziu em 25% os salários registrados em carteira dos atletas nos meses de maio e junho, medida que também vale para o técnico Vanderlei Luxemburgo, o gerente Cícero Souza e o diretor Anderson Barros. O clube ainda postergou o pagamento dos direitos de imagem de abril e maio.
“Como manda embora um roupeiro que ganha R$ 2 mil? Onde ele vai arrumar um trabalho durante essa crise? Um roupeiro que tem uma família e filhos para criar. Isso foi da gente com a diretoria e ficamos felizes que o presidente tenha nos ouvido”, contou Dudu.
O Palmeiras suspendeu temporariamente os contratos dos funcionários de outros departamentos, mantendo planos de saúde e cestas básicas. O clube prometeu ainda uma ajuda compensatória para recompor o valor líquido dos salários e, como pediram os jogadores, assumiu o compromisso de não demitir.
“São pessoas importantes, que não aparecem. Amam o clube e gostam de estar no dia a dia. Se um cara desses é mandado embora, é perigoso de se matar. O cara se mata, porque não tem o que fazer. O que vai fazer? Está acostumado a estar no dia a dia com os jogadores, nos jogos”, disse Dudu.
Da Gazeta Esportiva