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Copom reduz taxa básica de juros de 5,5% para 5% ao ano

Com decisão, Selic chega ao menor percentual desde 1999, quando começou o regime de metas para a inflação. Redução já era esperada por analistas do mercado financeiro.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (30) reduzir de 5,5% para 5% ao ano a taxa básica de juros da economia, a Selic.
A redução da taxa já era esperada por analistas do mercado financeiro.
Com a decisão, a Selic chegou ao menor percentual desde 1999, quando começou o regime de metas para a inflação. O atual ciclo de redução dos juros começou em julho deste ano.
Em comunicado, o Copom confirmou a expectativa dos analistas e indicou que deverá fazer um novo corte na próxima reunião, marcada para 11 de dezembro, reduzindo a Selic para 4,5% ao ano.

Para o comitê, o atual cenário econômico é positivo para o controle da inflação e permite um novo ajuste de 0,5 ponto percentual na taxa.

“O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir um ajuste adicional, de igual magnitude”, diz o texto.

O Copom também avalia que o estágio atual da economia “recomenda cautela” em relação à redução da Selic. Por isso, o comunicado reitera que a decisão sobre um novo corte pode mudar, uma vez que os “próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”.

Riscos 
O comitê passou a considerar na avaliação de riscos para o aumento da inflação a defasagem entre os cortes contínuos nas taxas de juros e o consequente estímulo à atividade econômica e o reflexo real na economia. Até então, essa observação não aparecia no comunicado.

O Copom manteve a ressalva de que a piora do cenário externo e uma eventual frustração da continuidade das reformas e ajustes necessários na economia também podem influenciar em futuras decisões sobre a Selic.

Selic e inflação

O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic, buscando o cumprimento da meta de inflação. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A meta central de inflação para 2019 é de 4,25% e, como o sistema prevê margem de tolerância, será considerada formalmente cumprida se ficar entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a o objetivo central de inflação é de 4% (tolerância entre 2,5% e 5,5%).
Quando a inflação está alta ou indica que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito e freando o consumo, assim, reduzindo o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação tende a cair.

Se as estimativas para a inflação estiverem em linha com a meta, como ocorre no cenário atual, é possível reduzir os juros. Isso estimula a produção e o consumo.

Poupança

A redução dos juros básicos da economia afeta o rendimento das cadernetas de poupança.
Com a taxa abaixo de 8,5% ao ano, a remuneração da poupança corresponde a 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR), calculada pelo Banco Central. A norma vale para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012.

Com a Selic a 5% ao ano, a correção da poupança será de 3,5% ao ano, mais a Taxa Referencial.

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), a caderneta de poupança “vai continuar sendo uma excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano”.

Do G1

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