O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide nesta quarta-feira (7) se elevará novamente a taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano. A expectativa do mercado, segundo o boletim Focus, é de uma alta de 0,5 ponto percentual. A pressão vem da inflação persistente nos alimentos e na energia, apesar dos sinais de desaceleração global, o que pode levar à interrupção do ciclo de aperto monetário após esta reunião.
Desde setembro do ano passado, a Selic já subiu cinco vezes consecutivas. No último encontro, o Copom sinalizou uma elevação de menor magnitude, mas evitou antecipar movimentos futuros, citando um cenário interno aquecido e incertezas externas. O resultado da nova reunião será divulgado ao fim do dia.
A inflação continua como o principal desafio. Embora haja sinais de desaceleração econômica, o IPCA estimado para 2025 está em 5,53%, acima do teto da meta de 4,5%. O Copom afirma que a desancoragem das expectativas justifica a manutenção de juros elevados por mais tempo.
A Selic é o principal instrumento do BC para conter a inflação, influenciando o custo do crédito e o consumo. Juros mais altos encarecem o financiamento, desestimulam a demanda e ajudam a controlar os preços, mas também afetam negativamente o crescimento econômico.
Com o novo regime de meta contínua, iniciado em 2025, a inflação será monitorada de forma mensal, com base em um acumulado de 12 meses. O BC prevê um IPCA de 5,1% no fim do ano, número que poderá ser revisto no próximo Relatório de Inflação, a ser publicado em junho.
