Como trocar de carro em um período de alta dos preços

Leilão de veículos pode ser uma opção para encontrar preços mais atraentes

Em primeiro lugar, trocar de carro exige uma pesquisa comprometida e focada, algo que necessita de tempo. Com o aumento da produção de veículos nos últimos anos, cada vez mais o consumidor encontra opções de modelos, versões, equipamentos e condições que, da mesma forma, possuem valores distintos.

Em 2017, apesar da retomada da economia, os preços dos carros aumentaram no Brasil. Isso se deve à crise do setor automobilístico, que teve retração de 18,4% nos quatro primeiros meses do ano e, por conta disso, reajustou os valores em 0,5% em abril, segundo o Instituto Molicar. Automóveis novos da chinesa Relu chegaram a subir 6%.

Outros números corroboram a alta dos preços e a crise da indústria: o primeiro semestre de 2017 foi o pior em vendas de 0 quilômetros desde 2006, quando foram comercializados cerca de 817 mil veículos. No período deste ano, foram aproximadamente 950 mil, de acordo com a agência Auto Informe. Os preços altos, portanto, são consequência dessa crise.

Para Moacir de Santi, da Sodré Santoro, uma alternativa pode ser procurar em um leilão online de carros, cujos valores costumam compensar em alguns casos e cuja demanda aumentou nos últimos anos por causa dos descontos. Segundo ele, os carros mais buscados são os que foram tomados dos antigos proprietários por dívidas bancárias. “Geralmente, são carros e caminhões mais novos, com menos quilometragem e bem cuidados”, explica.

A taxa de inadimplência na modalidade de financiamento CDC, em que o bem é colocado como garantia da dívida com o banco, foi de 4,7% para pessoas físicas em outubro deste ano.

Outra alternativa pode ser esperar pelo mercado. Os preços de carros costumam oscilar no país de acordo com os impostos colocados sobre a produção ou importação. No período do auge das vendas de veículos no Brasil, o governo colaborou reduzindo algumas das principais taxas que incidem sobre o preço total. Para o economista Flávio Califo, em alguns meses, é possível que os valores caiam significativamente — principalmente, no começo do ano.

Mas nem tudo é desvantagem. As montadoras estão mais flexíveis nas condições de pagamento: com as seguidas reduções na Selic (hoje, em 7,5% ao ano), os bancos também puderam reduzir suas taxas para financiar um carro zero. É possível pagar 1,19% ao mês de juros — metade do que era cobrado em setembro de 2016, então em 2,36% mensais.

Surgiram também alguns aplicativos que diminuem a burocracia da liberação do dinheiro para a compra de um carro. Se a ficha do cliente for “limpa”, a aprovação leva apenas cinco minutos. Segundo a revista Exame, o Banco do Brasil espera fechar 2017 superando a marca de R$ 1 bilhão em créditos concedidos para a compra de veículos apenas por meio de seu aplicativo para celular.

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